O coronavírus é o assunto mais falado e noticiado nos últimos tempos. E também não é para menos, a doença se espalhou pelo mundo e instaurou um alerta global de pandemia. E fez com que praticamente o mundo todo ficasse em isolamento social até os dias atuais. E o pior de tudo é que, mesmo depois de um ano, a pandemia não acabou e sabemos que o vírus não escolhe quem infectar.
Por conta disso, esforços para achar formas de conter o coronavírus estão sendo feitos de todos os lados. Para perceber o mundo ao seu redor, a maioria das pessoas e dos animais tem os cinco sentidos. A ciência já estudou novos sentidos que podem mostrar que temos até mais que os consagrados tato, paladar, olfato, audição e visão. E todos têm sua importância. Dentre eles o olfato tem um papel grande.
Usar esse sentido pode nos salvar de problemas, principalmente, quando o assunto é saber se um alimento está estragado na geladeira ou então se está vazando gás na casa.
Assim como para nós, o olfato também é muito importante para os animais. E até mais poderoso do que o nosso. E explorando todas as possibilidades possíveis para nos proteger contra o novo coronavírus, os cientistas da Holanda treinaram abelhas para identificar o COVID-19 através do seu olfato.
A pesquisa foi feita no laboratório de pesquisa bio-veterinária da Universidade de Wageningen com mais de 150 abelhas. Para isso, os cientistas treinaram as abelhas dando a elas guloseimas cada vez que elas eram expostas ao cheiro de uma pele de marta infectada com o coronavírus. E nas vezes em que elas eram expostas a uma amostra não infectada elas não recebiam recompensa.
Em determinado momento, as abelhas conseguiam identificar uma amostra infectada em poucos segundos. E então elas esticavam a língua, como um relógio, para receberem a guloseima açucarada.
As abelhas não foram os primeiros animais a detectarem o COVID-19 através do olfato. Pesquisadores também treinaram cachorros para que eles conseguissem distinguir entre quais amostras eram positivas e quais eram negativas para o coronavírus através da saliva ou suor humano. E segundo um estudo alemão, os cães conseguiram identificar as amostras positivas de COVID-19 94% das vezes.
Essa taxa de precisão foi alta porque as alterações metabólicas do coronavírus fazem com que o fluidos corporais da pessoa que está infectada tenham um cheiro um pouco diferente daquelas que não estão.
Contudo, os pesquisadores ainda não tem certeza se os animais são a melhor aposta para farejar os casos de coronavírus fora do laboratório. “Ninguém está dizendo que eles podem substituir uma máquina de PCR, mas eles podem ser muito promissores”, disse Holger Volk, neurologista veterinário.
No entanto, no mínimo, determinados animais pode ser úteis para identificar o COVID-19 em lugares ou países onde o equipamento de laboratório de alta tecnologia é escasso ou não consegue ser acessado.
Por exemplo, os cientistas de Wageningen estão trabalhando em um protótipo de máquina que poderá treinar, de forma automática, várias abelhas ao mesmo tempo. Feito isso, as habilidades dos insetos poderá ser usada para testar aerossóis de coronavírus no ambiente circundante.