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Aniquilação biológica, a 6° extinção em massa alertada pela ONU

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Quando se fala em extinção em massa, logo nos vem à cabeça uma situação caótica e apocalíptica. É muito fácil associar isso com o fim dos dinossauros no planeta. No entanto, outro grande evento de extinção devastador parece estar acontecendo nesse exato momento. Mesmo que esse não seja tão óbvio quanto asteroides colidindo com a Terra,

E o que não falta são evidências que sugerem que o nosso planeta possa estar no meio de uma sexta extinção em massa. O fato é que o aquecimento dos oceanos, o desmatamento e as mudanças climáticas estão atingindo diretamente a fauna global. Isso consequentemente vem ceifando a vida de populações inteiras de animais em uma escala assustadora.

Embora saibamos dessa situação, um relatório da Organização das Nações Unidas, que avalia o estado da biodiversidade no planeta, mostra que a situação é bem pior do que imaginávamos.

O relatório

Nas próximas semanas, a ONU divulgará um relatório sobre a Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES). Enquanto ainda não foi revelado oficialmente o relatório, a Agence France-Presse (AFP) teve acesso a um rascunho inicial do documento. De acordo com as descobertas, a situação atual pode ser muito pior do que imaginávamos.

Esse relatório é a primeira análise que avalia o estado da biodiversidade do planeta desde o ano de 2005. De lá para cá, muita coisa mudou, e pelo visto, não foi para melhor.

O documento avalia a quantidade de espécies que estão ameaçadas de extinção, o motivo disso e quantas já foram perdidas. Além de quantificar o crescimento populacional e o aumento das emissões de gases do efeito estufa. A intenção é ter uma previsão das consequências dessas mudanças.

No total, o relatório reúne 1.800 páginas com mais de 15 mil artigos acadêmicos e pesquisas. O objetivo com a sua divulgação é informar e alertar os formuladores de políticas para encontrar formas eficazes de lidar com os efeitos das mudanças climáticas.

Segundo informações da AFP, o relatório descreve “uma rápida aceleração iminente na taxa global de extinção de espécies”. Além de afirmar que “meio a um milhão de espécies estão ameaçadas de extinção, muitas em décadas”.

A divulgação do relatório oficial completo feito pela ONU está prevista já para o próximo fim de semana, durante uma cúpula em Paris, na França.

O alerta

Ainda de acordo com a AFP, o rascunho obtido por eles relata que 75% da terra, 40% dos oceanos e 50% dos rios já “manifestam graves impactos de degradação”, isso tudo causado pela atividade humana.

A maior parte disso está relacionada diretamente com as emissões de gases de efeito estufa, decorrentes da produção, fabricação e transporte de energia. De 1980 até os dias atuais, a taxa de emissões liberadas pelo homem dobrou. E as consequências desse aumento é perceptível na temperatura global, que aumentou pelo menos 0,7 graus Celsius.

Enquanto não são divulgados outros estudos sobre, a queda de populações de muitas espécies animais corroboram com as tendências prévias divulgadas pela AFP.

Um estudo, feito em 2017, já informava sobre espécies ao redor do mundo que estão passando por uma “aniquilação biológica”. Além disso, aproximadamente 40% das espécies de insetos do mundo estão em declínio. Em outra pesquisa, feita em 2019, descobriu-se que a massa total de todos os insetos do planeta está diminuindo cerca de 2,5% por ano. Se a tendência continuar assim, é muito provável que, até 2119, o planeta Terra possa não ter nenhum inseto mais.

E não existem mais dúvidas. O fato é que os principais impulsionadores dessas tendências alarmantes de extinção são as atividades humanas. O relatório da ONU provavelmente será mais um fator para confirmar o que nós já sabemos.

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