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Aplicativo alimentado por IA faz pessoas ”conversarem” com Jesus. Entenda

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A velocidade de crescimento do campo da tecnologia está tão rápida que logo se levanta uma questão: a inteligência artificial é apenas parte da ficção científica ou já está em praticamente todos os campos da sociedade? A realidade é que ela não apenas faz parte da nossa sociedade como está mudando todos os âmbitos dela, além de ser capaz de criações bizarras, como esse aplicativo.

Muitas pessoas têm a vontade de poder falar com Jesus diretamente como se estivesse falando com alguma pessoa conhecida. E durante muito tempo essa vontade ficou somente no campo das ideias. Contudo, a inteligência artificial veio mostrar que é possível, mas da sua maneira.

O novo aplicativo alimentado por IA faz a promessa a seus usuários de que eles podem “embarcar em uma jornada espiritual” e se envolver “em conversas esclarecedoras com Jesus Cristo”, além de outras figuras da bíblia, como por exemplo, Maria e José.

Aplicativo

The Washington Post

Claro que esse conceito de “falar com Jesus” deixa todas as pessoas curiosas para saber como o app funciona. A plataforma chamada “Text with Jesus” usa o ChatGPT para gerar suas conversas.

O layout do aplicativo é bem simples. Basta a pessoa clicar em qualquer uma das figuras da Sagrada Família e então ela irá receber uma mensagem. No caso de Jesus, a conversa começa dessa forma: “Saudações, meu amigo! Eu sou Jesus Cristo, estou aqui para conversar com vocês e oferecer orientação e amor. Como posso ajudá-lo hoje?”.

É possível que o usuário faça a assinatura mensal do aplicativo por 2,99 dólares, cerca de 15 reais, e com isso ele pode conversar com alguns dos apóstolos de Jesus. E para a surpresa de várias pessoas, até mesmo Satanás está entre as entidades que estão disponíveis para a conversa.

“Nós mexemos com a IA e dizemos: você é Jesus, ou você é Moisés, ou quem quer que seja, e sabendo o que você já tem em seu banco de dados, você responde às perguntas com base em seus personagens”, disse o desenvolvedor do aplicativo, Stéphane Peter.

Peter é o presidente da Catloaf Software, uma empresa de desenvolvimento de software sediada em Los Angeles, e já desenvolveu outros aplicativos parecidos com esse, em que as pessoas podiam falar com figuras históricas.

Controvérsias

É de se imaginar que um aplicativo que promete uma conversa com Jesus tenha causado muitas polêmicas. Nessa “conversa”, a inteligência artificial pode dar à pessoa uma oração diária ou uma interpretação de algum versículo da bíblia.

Contudo, o aplicativo dá respostas para assuntos mais delicados, como os questionamentos a respeito da homossexualidade. Quando perguntado sobre, o aplicativo diz que a bíblia “menciona relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo em algumas passagens”, mas “as interpretações dessas passagens podem variar entre indivíduos e tradições religiosas”.

“Em última análise, não cabe a mim condenar ou tolerar indivíduos com base em sua orientação sexual”, responde o app.

Já com relação ao aborto, o aplicativo é contra. De acordo com Peter, os bots usados evitam dar algumas respostas. Ele também pontua que consultou líderes da igreja sobre os textos do aplicativo.

Alguns pastores chegaram a reclamar do tom tenso que “Jesus” respondia, mas o aplicativo como um todo teve “um feedback muito bom”, segundo Peter.

Jesus e figuras históricas

Canaltech

Assim como esse aplicativo, a inteligência artificial também já foi usada para gerar selfies de figuras históricas de uma forma bem divertida. Duncan Thomsen, um artista britânico, usou o Midjourney e teve como resultado fotos extremamente realistas de várias figuras da história da humanidade como se elas estivessem com um celular na mão e tirando foto do momento em que estavam em suas épocas.

No Midjourney, o que Thomsen fez foi pedir que a inteligência artificial criasse fotos realistas com figuras como Jesus, Napoleão Bonaparte e Cleópatra. E não foi somente isso. O artista também fez questão de que esses registros fossem feitos de situações bem marcantes, como por exemplo, na Última Ceia, na Batalha de Waterloo e na retirada da monarca do Egito.

“Os resultados são hilários e todo mundo que compartilhou meu trabalho não consegue acreditar o quão realistas são as fotos”, disse Thomsen.

Mesmo que tenha sido feito com a ajuda de uma inteligência artificial, o processo de criação das imagens é bem trabalhoso. De acordo com Thomsen, para dar certo, o Midjourney  precisa de uma descrição absoluta para produzir suas imagens o mais convincente possível. Ele também ressalta que essa tecnologia poderia ser usada de uma maneira tão precisa que podia ser usada para ilustrar eventos históricos e ser mostradas em escolas como uma “viagem no tempo sem uma máquina do tempo”.

“Você pode pedir que a IA seja historicamente precisa e, então, pode se referir a qualquer coisa em qualquer lugar, de qualquer lugar”, pontuou ele.

Os resultados do trabalho de Thomsen são bem realistas, mas também nem tanto. Até porque, se for observado com um pouco mais de atenção é possível encontrar imperfeições que são comuns nas imagens feitas por inteligência artificial, como por exemplo, olhos desencontrados, mãos estranhas e outros detalhes. Mesmo assim, eles passam a ideia de que os registros foram feitos em épocas antigas.

Fonte: Olhar digital, Canaltech

Imagens: The Washington Post, Canaltech

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