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Após incêndio no Pantanal, nasce filhote de onça-pintada que quase morreu

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Após incêndio no Pantanal, a onça-pintada que foi resgatada, chamada Amanaci, agora é mãe. A felina se tornou um dos casos mais conhecidos para simbolizar a tragédia ocorrida em 2020, quando houve o incêndio na região do Pantanal que matou milhares de animais. Assim, como Amanaci sofreu queimaduras de terceiro grau e perdeu as garras, ela quase foi sacrificada.

“Ela demorou demais para sair do fogo, quer dizer para cuidar de se salvar. Ela deve ter tentado salvar um ou mais filhotes que ela talvez tivesse com eles lá”, explicou Silvano Gianni, fundador do Instituto NEX – No Extinction, localizado na cidade de Corumbá, em Goiás.

Dessa forma, segundo informações do G1, uma equipe de veterinários se uniu para tentar salvar a vida da onça-pintada, que se recuperou. Contudo, sem as garras, ela não tem a capacidade de retornar à natureza. Já seu filhote poderá retornar e será preparado para viver no Pantanal.

“Graças a Deus, a gente pode fazer tudo pela Amanaci e ela está bem. Só que deixou um buraco no Pantanal e a gente quer preencher esse buraco com o filhote dela, que tem o mesmo genoma dela, que é do mesmo bioma, para ver se a gente tenta amenizar a interferência do homem na natureza”, disse Daniela Gianni, coordenadora de projetos do Instituto NEX.

Os veterinários relataram que Amanaci gerou dois filhotes. No entanto, um deles não sobreviveu, uma vez que nasceu com uma má-formação.

Recuperação de Amanaci

Onça-pintada

Reprodução

A onça-pintada Amanaci foi resgatada dos incêndios do Pantanal e está sendo tratada por veterinários voluntários. Assim, levaram a fêmea para a fazenda do Instituto NEX, em Goiás, para realizar o tratamento. Isso se torna ainda mais importante frente ao estado de extinção da espécie.

Dessa forma, como Amanaci caminhou sobre brasas do incêndio na floresta, ela estava com as quatro patas queimadas em terceiro grau. Então, o tratamento da onça-pintada foi intenso e contou com práticas avançadas da medicina veterinária.

A onça-pintada recebeu injeções de célula-tronco em suas patas, com o objetivo de acelerar a cicatrização da pele queimada, assim como a regeneração de novos tecidos na região afetada. Após esse tratamento, Amanaci conseguiu ficar em pé pela primeira vez desde que passou pelo resgate, apesar de ter sido por pouco tempo.

“O resultado é surpreendente. A gente espera colher ainda mais frutos positivos e vê-la se apoiando nas quatro patas, andando e comendo, com a qualidade de vida restabelecida dentro de pouco tempo”, declarou a veterinária Patricia Malard em entrevista ao UOL.

Assim sendo, as células-troncos que os pesquisadores usaram em Amanaci eram dela, retiradas duas semanas antes e cultivadas em um laboratório especializado.

“Ela está muito bem, bem mais ativa do que estava. Está se alimentando bem, voltou a caminhar, levanta com as quatro patas, apesar de estar com as botas, ela troca os passos sem problema algum e não arrasta as patinhas”, relatou o veterinário Thiago Luczinski em entrevista ao portal de notícias G1 durante o tratamento.

Incêndio no Pantanal

Mayke Toscano/Secom – MT

O fogo que atingiu a região do Pantanal foi surpreendente e trágico. De acordo com reportagem veiculada pelo Jornal Nacional em 2020, as chamas que tomaram conta do Pantanal danificaram uma área que equivale a quase 10 vezes as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro juntas.

Segundo a reportagem, o fogo destruiu uma área de mais de 4 milhões de hectares do bioma, afetando em grande parte o Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Isso representa cerca de 26% do bioma, uma área maior que a Bélgica.

Além disso, os incêndios afetaram cerca de 4,6 bilhões de animais e ao menos 10 milhões morreram.

Fonte: Aventuras na História

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