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Por que as tatuagens nunca saem da pele?

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Cada vez mais, as tatuagens têm sido popularizadas. Além daqueles que amam desenhar figuras ou palavra na pele, elas também são vantajosas para os profissionais que as fazem, já que esse é um mercado em ascensão e a renda de muitas famílias provém daí. Mesmo que os desenhos durem a vida toda na pele, o mercado é apto a receber mais tatuadores a cada ano, cada um com suas características e formas de realizar as tattoos. Mas, por que exatamente as tatuagens nunca saem da pele?

A resposta para o fato de as tatuagens não desaparecerem ou “se curarem” com o tempo é porque elas são aplicadas na camada mais interna da pele (a derme), e não na externa (epiderme). As máquinas de tatuagem movem as agulhas de cima para baixo repetidamente, perfurando a epiderme e injetando tinta na derme a cada punção.

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Em geral, apenas a epiderme está em constante regeneração. A derme, por sua vez, se recupera quando é atingida por um corte ou ferida, mas normalmente cria-se uma cicatriz no lugar. Isso faz com que a tinta da tatuagem fique “presa”  na camada logo abaixo do limite entre a epiderme e a derme, permanecendo para o resto da vida.

Como a pele vai se reparando ao longo dos meses, a tatuagem pode até perder um pouco a tonalidade, assim como os raios ultravioleta do Sol e outros fatores podem enfraquecer o pigmento, prejudicando a cor da tattoo. Isso pode contribuir para que ela se torne menos visível após algumas décadas, mas jamais deixará de existir.

Por esse motivo, é bastante comum que pessoas tatuadas procurem tatuadores para retocar o desenho após certo tempo. O retoque é uma boa alternativa para restaurar as cores originais e torná-las “vivas” outra vez.

As primeiras tatuagens da história

Existem muitas provas arqueológicas que afirmam que tatuagens foram feitas pela primeira vez no Egito entre 4000 a.C. e 2000 a.C e também por nativos da Polinésia, Filipinas, Indonésia e Nova Zelândia. Na época, a tatuagem era feita em rituais ligados à religião. Os Ainu, que representam uma sociedade indígena do norte do Japão, tradicionalmente tinham tatuagens faciais, assim como os austro-asiáticos.

Hoje, o costume das tatuagens faciais continua presente em diversos povos espalhadas pelo mundo, como os berberes do Norte, da África, e os hauçás, da Nigéria. Múmias tatuadas foram recuperadas de pelo menos 49 sítios arqueológicos, incluindo locais na Groenlândia, no Alasca, na Sibéria, na Mongólia, no oeste da China, no Egito, no Sudão, nas Filipinas e nos Andes.

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Em 2015, a avaliação científica da idade das duas mais antigas múmias tatuadas conhecidas identificou Ötzi como o exemplo mais antigo atualmente conhecido. Este corpo, com 61 tatuagens, foi encontrado enterrado em gelo glacial nos Alpes, e foi datado de 3250 a.C.

A popularização dos desenhos na pele

O pai da palavra tattoo que conhecemos atualmente foi o capitão James Cook (também descobridor do surf), que escreveu em seu diário a palavra “tattow”, também conhecida como “tatau”. Com a circulação dos marinheiros ingleses, a tatuagem e a palavra tattoo entraram em contato com diversas outras civilizações do mundo.

No entanto, o Governo da Inglaterra adotou a tatuagem como uma forma de identificação de criminosos em 1879 e, a partir daí, a tatuagem ganhou uma conotação de rebeldia no Ocidente. Alguns anos depois, em 1891, Samuel O’Reilly desenvolveu um aparelho elétrico para fazer tatuagens. A invenção da máquina de tatuagem elétrica causou um aumento da popularidade de tatuagens, já que o aparelho tornou o procedimento de tatuagem muito mais fácil.

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Durante a Segunda Guerra Mundial, a tatuagem foi muito utilizada por soldados, marinheiros e pilotos, que gravavam o nome da pessoa amada nos seus corpos. Desde a década de 1970, as tatuagens tornaram-se uma parte dominante da moda ocidental, comum entre os dois sexos, para todas as classes econômicas e para grupos etários desde o início da idade adulta (18 anos) até a meia-idade.

Fonte: Mega Curioso

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