Curiosidades

Arqueólogos perceberam uma coisa bem estranha nesse esqueleto antigo

0

Arqueologia e ciência sempre andam juntas a fim de descobrir nossas reais origens, como por exemplo, como o mundo era antigamente, como era sua vegetação, como, por que e quando as espécies tiveram seu fim, entre outras coisas. Ademais, parece que sempre que se julga saber “com certeza” alguma coisa, uma nova descoberta aparece e muda tudo. Exemplo disso é esse esqueleto que foi encontrado com um prego atravessado no pé.

Esse o esqueleto foi descoberto na Inglaterra e os arqueólogos dizem que ele é uma rara evidência de uma crucificação romana. Incluiu-se esse esqueleto em um relatório, o qual detalha as descobertas de uma escavação em um antigo assentamento romano, encontrado em Fenstanton, Cambridgeshire. Ele data do final do primeiro ou começo do segundo século.

Esqueleto

Galileu

Assim, essa descoberta foi feita em um dos cinco cemitérios descobertos. O esqueleto, que se pensava ser de um homem por volta dos 25-35 anos, tinha um prego no seu calcanhar. Os arqueólogos só descobriram o prego quando estavam de volta ao laboratório.

“Isso nos surpreendeu um pouco”, disse David Ingham, gerente de projeto da Albion Archaeology, que liderou a escavação.

“Os pés da vítima estavam provavelmente posicionados de cada lado do poste vertical da cruz, os pés presos por pregos horizontais nos calcanhares”, escreveram Ingham e Corinne Duhig, arqueóloga da Universidade de Cambridge, no seu estudo.

Como resultado, os arqueólogos concluíram, depois de terem consultado um especialista em ossos humanos e descartar várias possibilidades, que o prego foi enfiado no pé da vítima durante uma antiga crucificação romana. Isso torna esse esqueleto a quarta execução dessa maneira conhecida no mundo todo. Essa é, também, a ossada mais bem preservada de todas as anteriores.

Evidência

Science Alert

Entretanto, com esse esqueleto de Cambridgeshire, é a segunda vez que uma evidência física dessa crucificação romana foi documentada. Das quatro execuções ditas anteriormente, uma na Itália e outra no Egito, não tinham nenhum prego relacionado a elas.

Encontrou-se o outro esqueleto em 1968, em Jerusalém, e tinha um prego colocado de forma parecida também em seu calcanhar. Isso levou os arqueólogos a acreditarem que esses dois foram posicionados de forma parecida no momento da crucificação.

“Todo mundo sabe sobre a crucificação por meio do cristianismo. O que as pessoas não percebem necessariamente é que havia muitas maneiras diferentes pelas quais os romanos crucificavam as pessoas. Portanto, não é apenas a imagem clássica, em cima da cruz, com os braços abertos, os pés juntos. Em vez disso, as pessoas podem ter sido amarradas à cruz em vez de serem pregadas”, explicou Ingham.

Pregos

Science Alert

Quando se usava os pregos, geralmente se removia do corpo para que se reutilizasse eles. Nesse sentido, pregar os pés na cruz não era necessariamente para fixar o corpo na estrutura. Ao invés disso, poderia ser usado para imobilizar as pessoas que estavam sendo crucificadas, impedindo-as de usar os pés para facilitar a posição em que estavam.

“Era relativamente comum, mas ainda era reservado para os crimes mais graves. Crimes que ameaçavam o estado, particularmente sedição, bruxaria, esse tipo de coisa. Essas eram pessoas que haviam caído seriamente em desgraça com o estado, a ponto de terem sido crucificados”, disse Ingham.

“A família e os amigos podem ter temido ser associados a uma persona non grata na sociedade local, mesmo morta, e não conseguiram providenciar um enterro adequado. Deixada acima do solo, a decomposição teria destruído as evidências da execução”, explicou Ingham.

Esse esqueleto de Cambridgeshire é uma evidência a mais de textos históricos a respeito da crucificação romana. Além disso, também mostra a situação política da época em que o homem foi crucificado.

“Isso mostra que a lei romana ainda era aplicada mesmo nas províncias mais longínquas do império. O extremo oeste do império – na Grã-Bretanha – que era um lugar bastante perturbado na época em que essa pessoa vivia, nos séculos III e IV. Houve muita convulsão política”, concluiu Ingham.

Fonte: Science Alert

Imagens: Science Alert, Galileu

Terceiro filme de Animais Fantásticos ganha trailer

Artigo anterior

Os melhores aplicativos para amigo secreto

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido