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Assim é a vida dos ‘homens da noite’, revelado por um deles

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Inúmeras são as profissões que persistem em nosso mundo há milhares de anos. Uma delas é a prostituição, que por sinal, sempre é tema de diversas polêmicas. Sempre temos aquela ideia generalizada de que apenas mulheres atuam no meio. No entanto, o caso de homens trabalham da mesma foram para garantir seu sustento também é gigantesco.

Apenas para que você tenha uma noção um pouquinho mais ampla, acredita-se que pelos menos 20% dos profissionais do sexo do Reino Unido sejam homens. É uma porcentagem que realmente surpreende. Embora existam aqueles que apenas fazem isso para sobreviver, outros encontraram na profissão uma boa forma de seguir em frente, fazendo por vontade própria.

A história de Daniel

Daniel é um entre os diversos homens do Reino Unido atuantes na área. No país em que vive, assim como na Escócia e no País de  Gales, a prostituição não é vista como crime. Claro, exceto os casos em que as pessoas são obrigadas a prestar esse tipo de serviço. Situações que infelizmente, acontecem pelo mundo todo e são a causa de tanta polêmica. O jovem conta que estava na faculdade, mas por falta de identificação com o curso, acabou desistindo. Desde então, conheceu melhor o ramo e passou a trabalhar como michê (homem que atua como profissional do sexo). Tudo aconteceu há dez anos atrás.

Então você se pergunta: “Mas como ele conquista seus clientes?”… Bem, a resposta é simples! Normalmente, Daniel costuma publicar anúncios de seu trabalho em aplicativos e sites propícios para isso.  Assim como a maior parte dos homens que trabalham com a mesma coisa, a internet é a principal aliada para que consigam continuar no meio. Ele conta que a média de idade de seus clientes está entre os 35 a 85 anos, e que costuma fazer desde massagens até manter a relação sexual de fato.

Ainda acrescenta: “Eu saio com muitos homens solteiros. A maioria deles é gay, mas outra parte é casada e tenta esconder o que está fazendo por baixo dos panos“. No caso dele, menciona que nunca aceita um serviço quando algo pode o expor a perigos. Nunca atende clientes que pedem para abrir mão do preservativo. Da mesma forma, também não faz nada que inclua o uso de drogas.

Outras questões

Algo que sempre entra em pauta quando o assunto é a prostituição, tange a exploração de menores. O número de crianças e adolescentes aliciados para tal prática assusta. Segundo Hayley Speed, que faz parte de uma organização que dá auxílio para esses homens: “Quando nós falamos com os michês sobre quando eles começaram na profissão, a frase que a gente mais ouve é: ‘Comecei quando eu tinha 14 ou 15 anos’. Isso não é prostituição, é exploração sexual“. São dados que realmente assustam.

Em pesquisas realizadas no país, constatou-se que cerca de 12% dos “homens da noite” já haviam sofrido algum tipo de agressão sexual. A grande questão é que muitos deles nem mesmo consideram as agressões como estupro ou algo semelhante. Muitos enxergam aquilo como apenas parte do que precisam fazer para satisfazer o cliente.

O perigo por trás da profissão

Um desses homens, que prefere não ter a identidade revelada, conta que começou a vida como michê a partir do momento em que foi expulso de casa pela própria família. Após assumir sua homossexualidade, ninguém ficou ao seu lado. Acabou indo morar nas ruas e pouco tempo depois começou a trabalhar na noite.

Começou com uma ou duas pessoas por noite, depois mais e mais. Você chega a um ponto que se desliga por completo“, disse ele. Ele ainda conta sobre uma ocasião em que foi trancado no carro, pois o cliente queria que o dinheiro fosse devolvido. Outra vez, teve sua bebida batizada e acabou sendo estuprado em um hotel.

Segundo ele, muitos homens que atuam na profissão não denunciam casos assim por medo de sofrerem represálias mais tarde. Ou até mesmo pela reação que a polícia pode ter… “Acho que porque eu sou homem, eles não achariam que isso seria algo tão sério quanto se uma mulher fosse estuprada, mas é exatamente a mesma coisa“, conta. Felizmente, o homem agora tem outras fontes de renda, embora ainda trabalhe como michê as vezes. De qualquer forma, esta é uma questão que precisa ser largamente discutida.

E então pessoal, o que acharam? Compartilhem suas ideias com a gente aí pelos comentários!

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