Desde que o homem foi à lua as expedições e explorações do espaço sempre pairaram a humanidade. A NASA, em seu sexagésimo aniversário, anunciou alguns de seus objetivos para os próximos anos. Ela quer retornar o homem à lua nos próximos 10 anos e também mandar pessoas para Marte. Mas mesmo com esse anúncio da NASA não significa que os seres humanos estejam prontos para irem até o Planeta Vermelho.
Segundo a Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), a viagem à Marte teria um impacto muito grande na saúde dos astronautas que a fizessem. Os pesquisadores testaram os efeitos da radiação do espaço, submetendo o intestino delgado de ratos a um bombardeio de radiação cósmica, tal qual os astronautas recebem quando estão no espaço.
Pesquisa
Três grupos de ratos foram comparados, os com radiação profunda, uns com raios semelhantes ao raio x e outros que não receberam radiação nenhuma. A descoberta dos cientistas foi que a radiação poderia causar danos significativos ao tecido gastrointestinal, que podiam até alterar suas funções a longo prazo e correr um sério risco de desenvolver tumores no estômago e no cólon.
Além disso, as células dos ratos que foram expostas à radiação não absorveram os nutrientes de maneira adequada. A radiação também causou danos no DNA que afetou a migração de células para substituírem o revestimento intestinal para o funcionamento saudável do trato gastrointestinal e esse dano parece ser permanente.
“Nós documentamos os efeitos da radiação do espaço profundo em alguns órgãos vitais, mas acreditamos que respostas semelhantes a danos podem ocorrer em muitos órgãos”, explicou o investigador sênior, Kamal Datta, em um comunicado. “É importante entender esses efeitos com antecedência para que possamos fazer tudo o que pudermos para proteger nossos futuros viajantes espaciais.”
Exposição
Ele alega essas coisas baseado em trabalhos anteriores, que dizem que a exposição à íons pesados do espaço, que não chegam a nos afetar na Terra por causa da magnetosfera global que nos protege, poderia causar um dano no cérebro e acelerar o envelhecimento.
“Íons pesados, como ferro e silício, são prejudiciais devido à sua massa maior em comparação com fótons sem massa, como raios-X e raios gama predominantes na Terra, bem como prótons de baixa massa no espaço”, disse.
Segundo um estudo anterior, a viagem à Marte exporia os astronautas a 60% do limite total de exposição na vida. E a tecnologia atual não consegue blindar os astronautas dessa radiação. Pode ser que no futuro haja remédios para fazer essa blindagem, mas até o momento nada foi desenvolvido.
“Enquanto viagens curtas, como os astronautas viajaram para a Lua, não podem expô-las a este nível de dano, a preocupação real é a lesão duradoura de uma longa viagem, como Marte ou outras missões espaciais profundas que seriam muito mais longas”, concluiu.
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