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A Sagrada Família, obra-prima catalã de Antoni Gaudí, comemorou recentemente a conclusão da torre da Virgem Maria, com uma estrela gigante de 12 pontas de metal e vidro texturizado. Depois de 140 anos de construção, essa é a primeira das seis torres principais da igreja a ser concluída. Agora, essa decoração ilumina as ruas noturnas de Barcelona.
Porém, nem todo mundo está satisfeito. Isso porque as obras são críticas devido ao tempo de demora e ao impacto que o turismo provoca na área. A Sagrada Família está sendo construída desde a contratação de Gaudí, em 1883.
Por causa da pandemia do coronavírus, é praticamente impossível que as obras da Sagrada Família sejam finalizadas em 2026. “Se não houver um milagre as obras não poderão terminar em 2026 como tínhamos previsto”, informou Esteve Camps, presidente-executivo da Junta Construtora, no ano de 2020.
As obras foram interrompidas pela primeira vez quando se iniciou o confinamento devido à pandemia, mesmo dia que a Sagrada Família fechou as portas aos visitantes. Camps e o arquiteto-chefe dos trabalhos, Jordi Faulí, não informaram uma nova data de finalização da basílica.
Eles apenas afirmaram, na época, que a torre de Maria, a segunda mais alta do edifício, seria entregue ainda no ano de 2021, o que ocorreu em dezembro do ano planejado.
Atraso por causa da covid-19
Foto: Hole in The Dounut
“A construção propriamente dita já acabou, e agora começará a coroação de 25 metros e o arremate: uma estrela de sete metros de altura, formada por doze pontas de aço e vidro, e que será iluminada à noite; mas nada mais”, informaram.
Os trabalhos começaram em La Galera, o recinto situado no município de Gaia, Barcelona, com o tamanho de 11 campos de futebol, onde é realizada a pré-montagem das peças que são em seguida transportadas e instaladas em seus lugares. “A pedra e o metal já estão comprados”, afirmou Camps.
Sobre a Torre de Maria, uma das preocupações era de que com as medidas para evitar os avanços da covid-19 seria possível terminar a obra. Felizmente, foi possível finalizá-la ainda em 2021. Faulí explicou que a cruz é o símbolo que identifica Maria e mostrou imagens do estudo de Gaudí, em que se viam maquetes de estrelas poligonais penduradas do teto, as mesmas usadas na obra.
Turismo na basílica Sagrada Família
Foto: Prensa Latina
Camps explicou que em julho de 2019, período anterior à pandemia, o templo recebeu uma média diária de 15.600 turistas. No entanto, em todo o mês de junho de 2020, foram recebidas apenas 2.000 pessoas.
Na época, ele também informou sobre a demolição de uma parte do imóvel da esquina das ruas Provença e Sardenya, assim como o fato da Prefeitura ceder dois metros e meio de calçada, “um pacto que já havia sido feito”. Com isso, será possível construir a capela da Assumpta, uma edificação que será erguida no claustro da fachada do Nascimento e que precisa ocupar 2,6 metros da calçada da rua Provença ao longo de 21 metros.
No ano de 2019, 4,5 milhões de pessoas visitaram o templo, o que gerou um faturamento de 103 milhões de euros, dos quais 55 foram destinados para as obras e o restante “para uma eventual redução de visitantes”. Já em 2020, Camps informou que o orçamento para as obras foi de apenas 17 milhões de euros.
“Quero recordar que este edifício é feito com donativos das pessoas. Momentos piores já ocorreram; as obras chegaram inclusive a parar durante a Guerra Civil (1936-39), mas sempre, em maior ou menor medida, o projeto de Gaudí continuou virando realidade. E agora não será uma exceção. Mantemos nosso compromisso e entusiasmo. O templo será concluído”, afirmou Camps.
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