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A pandemia do COVID-19 mudou as nossas vidas e a maneira como lidamos com as coisas. Além disso, o isolamento também fez com que várias pessoas se reinventassem. Com isso, algumas pessoas descobriram um talento novo, mudaram de emprego ou até mesmo abriram um negócio. Esse último caso foi o que aconteceu com esse casal de Jundiaí.
O casal colocou em prática sua ideia em um momento de dificuldade e, em menos de dois anos, eles têm uma rede de hamburguerias avaliada em mais de 30 milhões de reais.
O negócio de Larissa Tosi e Lucas Menon começou com a produção de lanches na cozinha do apartamento onde eles moravam. O espaço era pequeno e os hamburgueres eram feitos com uma chapa comprada pela internet. Desde o começo, além dos ingredientes dos lanches, o casal precisou de muita dedicação e amor.
Casal
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A iniciativa deles veio por conta das dificuldades enfrentadas logo no começo da pandemia do COVID-19. Assim como várias famílias no país, e no mundo todo, o casal também teve dores de cabeça por conta do surto. No caso deles, uma empresa falida e um monte de dívidas.
“Minha principal empresa quebrou do dia para a noite. Eu trabalhava com marketing e, no começo da pandemia, com todos os restaurantes fechando, a primeira coisa que eles fizeram foi cancelar esse serviço. Fiquei com uma dívida imensa, entrei em uma depressão muito grande, porque dediquei 12 anos da minha vida para construir aquilo”, explicou Lucas, que é chef de cozinha.
Em entrevista, ele contou que aprendeu a gostar de cozinhar por influência da avó e do pai. Por conta disso, ele sempre sonhou em trabalhar no ramo. Quando a pandemia começou e a empresa de Lucas fechou, Larissa viu a oportunidade para fazer com que a paixão dele virasse algo que ajudaria os dois a pagarem as contas.
“Ela me sugeriu que tentássemos vender os lanches. E, a partir daí, começamos a pesquisar sobre ingredientes, mercado. Passamos três meses testando tudo até começar a produzir para vender mesmo”, disse ele.
Negócio
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No começo, o casal investiu todas suas economias no negócio, ainda pequeno. Eles tinham pouco mais de cinco mil reais, e com esse dinheiro conseguiram montar uma estrutura onde conseguiam fazer 50 lanches por dia. Além disso, o casal também criou um perfil nas redes sociais para a divulgação do seu negócio.
“Nossos amigos e familiares nos ajudaram, colocaram a mão na massa mesmo. Com um dinheirinho que sobrou, investimos na parte de marketing digital, o que nos ajudou muito a atrair clientes no começo”, lembrou.
Embora o casal tivesse conseguindo uma receita boa nos primeiros dias, o local onde eles estavam durou pouco. Segundo Lucas, o cheiro e a fumaça se tornaram um problema com os vizinhos e acabou até resultando em uma multa para o casal.
“Fui pego de surpresa com isso, mas o síndico me ligou e avisou da multa. Precisei chamar duas empresas de limpeza por causa da gordura e do cheiro que ficou”, contou ele.
Crescimento
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Por conta disso, o casal teve que achar outro lugar para continuar sua produção. Um deles foi a casa da avó de Lucas. Eles ficaram lá por um tempo até que conseguiram alugar uma cozinha fechada, também chamada de dark kitchen.
“Fui de porta em porta procurando restaurantes que aceitassem alugar a cozinha no período da noite. Até que conseguimos um lugar e, com isso, pudemos ampliar um pouco mais nosso negócio”, disse ele.
A produção do casal, com seus ingredientes de qualidade e a montagem do lanche, no estilo fast food premium, começou a fazer sucesso não apenas em Jundiaí, mas também em outros municípios da região.
“Nós vendíamos 400 lanches por dia, era mais do que qualquer outra hamburgueria da cidade. Isso que a minha mesa de montagem era em cima de um freezer. Com o aumento da demanda, passamos a nos sentir como um elefante dentro de uma caixa de fósforos”, lembrou Lucas.
Sucesso
Então, Lucas decidiu publicar um anúncio nas redes sociais dizendo que iriam dar uma pausa na produção e se alguém se interessava em abrir uma franquia. “Chegaram mais de 200 e-mails. Foi incrível, eu nem imaginava que tinha tantos clientes interessados. Eu contratei um jurídico e, depois de quase seis meses, abrimos nossa primeira franquia, com sistema delivery, takeaway e algumas mesinhas”, disse ele.
Depois de alguns meses, o negócio do casal já tinha outras três filiais. Hoje, existem lojas em Jundiaí, Campinas, São José dos Campos e São Paulo. Além disso, Lucas disse que tem planos de inauguração de uma filial no exterior. A previsão é de que a franquia chegue a 100 lojas até o final de 2022.
“É um sonho. Uma meta de vida que a gente está realizando, e que só foi possível com muita ralação e muito esforço. Nossa rotina era pesada, trabalhávamos três turnos, sem descanso. Mas não desistimos”, concluiu ele.
Fonte: G1
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