Curiosidades

Cidade da China amanhece com “sol triplo” no céu

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Na manhã da última quinta-feira (15/10), moradores da cidade de Mohe, no norte da China, avistaram um fenômeno um tanto quanto diferente no céu. Dessa forma, a cidade chinesa amanheceu com três fontes de luz que se pareciam com um “sol triplo” no céu.

De acordo com especialistas, isso aconteceu por conta de um efeito ótico e meteorológico denominado parélio, um tipo de halo solar. Assim, fora a anormalidade no céu, a cidade de 20 mil habitantes amanheceu com um clima bastante agradável. Com isso, apenas algumas poucas nuvens estavam no céu junto com o evento que pôde ser visto entre às 6h30 e 9h30. De fato, parecia que haviam três sóis no céu e logo, moradores começaram a registrar o fenômeno e a teorizar sobre o assunto.

Quando o “terceiro” sol chegar para realinhar as órbitas dos planetas

De acordo com Bian Yun, um meteorologista chinês, não estamos perto de um segundo, muito menos de um terceiro sol ou um “sol triplo” no céu. Na verdade, se trata de uma ilusão de ótica extremamente rara. “Existem muitos cristais de gelo em forma de hexágono nas nuvens pouco carregadas e semitransparentes do céu. Ocasionalmente, eles se alinharão horizontalmente e quando a luz do Sol incidir sobre esses cristais de gelo, ocorrerá uma refração irregular”, afirma Yun.

Com esses cristais posicionados em nuvens mais altas, a luz do solar é refratada e seus raios geram uma forma que lembra uma auréola. Com isso é que temos a ilusão de existir um multiplicador do Sol e de seus raios solares. Dito isso, também é válido lembrar que esse tipo de evento não é exclusivo do Sol. Por isso, também podemos ter um efeito de “três luas” no céu. Esse efeito é conhecido como parélio lunar. Porém, ele é ainda mais raro de ser visto.

Para que tenhamos um parélio lunar, é necessário que as nuvens estejam em baixas alturas. Com isso, as temperaturas se tornam mais altas e o efeito de “três luas” pode ser visto no céu.

Esse fenômeno já foi visto antes em outros lugares

Alguns dias antes da virada de ano de 2017 para 2018, o mesmo fenômeno celeste surgiu nos céus da China e da Suécia. Com isso, o efeito ficou popularmente conhecido como “sun dogs” (“cachorros do sol”, em tradução livre). Não se sabe ao certo a origem do termo informal, mas acredita-se que o nome tenha surgido em referência ao Sol que acaba sendo perseguindo por outros dois “cachorros”, os falsos clones do nosso Sol.

Pelo que sabemos, o primeiro registro do parélio solar se deu com Aristóteles, na Grécia Antiga. Assim, o filósofo escreveu que “duas simulações de sóis surgiram com o Sol e o seguiram o dia todo, até o pôr do Sol”. E claro, essa não foi a única menção do fenômeno ao longo da história. Em 1535, Urban Larsson representou o evento solar na pintura Vädersolstavlan, que retratava a capital sueca. Além disso, William Shakespeare também cita o fenômeno na peça teatral Henrique VI, de 1592 e, René Descartes também o referencia em 1629, após ver o “sol triplo” no céu de Roma.

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