Mundo Animal

Cientistas descobriram uma nova zona secreta no oceano cheia de espécies desconhecidas

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Logo abaixo do alcance dos equipamentos de mergulho, a vida em recifes nas profundezes do oceano foi pouquíssima estudada por cientistas marinhos. Mas depois de seis anos de incríveis descobertas feitas por expedições no sul do Mar do Caribe, uma equipe de pesquisadores forneceu os primeiros detalhes de um ecossistema surpreendentemente diversificado.

O ecossistema é tão único que uma nova zona oceânica teve de ser definida em torno dele. O ecossistema marítimo foi batizado como ‘zona rarifótica’ e o estudo foi publicado na última terça-feira pela revista ‘Nature’. O estudo foi feito pelo Smithsonian Institution (EUA) e permitiu que os especialistas observassem a vida marinha mais profunda da ilha de Curaçao. A gente conta mais detalhes dessa descoberta para vocês.

A ‘zona rarifótica’

A zona está localizada entre 130 e 309 metros e tem um ecossistema capaz de deixar qualquer biólogo marinho emocionado. A área é ricamente habitada e em apenas 200 metros quadrados foram identificadas cerca de 30 novas espécies de animais. Segundo o autor do estudo, D. Roos Robertson, esses números continuarão a crescer à medida que os dados são analisados, dado que cerca de um quinto dos peixes nunca tinham sido vistos antes.

Ecossistemas recifais logo abaixo da mesofótica são globalmente pouco explorados, e a visão convencional baseada nos poucos estudos que os mencionam diz que os ecossistemas mesofóticos se transformam diretamente nos do mar profundo”, disse Carolo Baldwin, a principal autora e diretora do Smithsonian’s Deep Reef.

Apesar da falta de algas que formam o fundo das cadeias alimentares em recifes tradicionalmente definidos, a maioria dos residentes dessas zonas são peixes que também são encontrados em zonas rasas e mesofóticas. Isso é uma evidência que essas espécies podem sobreviver em profundidades que são o dobro daquelas previamente estimadas.

A análise genética e física de várias espécies de escamosos revelou ainda que algumas das espécies endêmicas da zona rarifótica evoluíram recentemente a partir de parentes de águas rasas, embora a pressão seletiva que causou a transição seja desconhecida.

Os pesquisadores esperam que estudos futuros possam esclarecer como as mortes de corais e os aumentos da temperatura do oceano provocados pela mudança climática estão afetando a vida na mesofótica e na rarifótica.

Boa notícia para quem gosta de explorar o mundo animal e fazer descoberta de novas espécies. É o seu caso?

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