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Cientistas estão mais perto de conseguir dizer quais foram os primeiros animais do mundo

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O nosso planeta é um imenso aglomerado de terra e água, além das demais coisas naturais. Isso ninguém pode negar. Para se ter uma noção dessa imensidão, até hoje, não foi possível explorar todas as áreas da Terra. Por esse motivo, a nossa fauna e flora é extremamente rica, sendo que apenas uma pequena quantidade de seres vivos já foram descobertos e registrados.

E a árvore da vida animal teve que começar em algum lugar. E encontrar esse galho original é mais difícil do que parece. Agora, uma nova análise de dados genômicos sugeriu que um filo, que estava na disputa para ser o ramo mais antigo, pode, na realidade, não ser.

Primeiros animais

Desde o século XIX, vários cientistas apresentaram a esponja como o primeiro animal do mundo. No entanto, os estudos genômicos modernos a compararam com uma criatura muito mais complexa.

As geleias de pende são um pequeno filo conhecido como Ctenophora e ao contrário do Porifera, filo que as esponjas pertencem, essas criaturas tem características muito mais avançadas. Incluindo neurônios e células musculares para detectar e comer presas. Além de um intestino para a digestão.

E essas geleias podem realmente terem vindo primeiro do que as esponjas. Isso significa que várias das suas características foram perdidas depois no Porifera para evoluir de novo mais tarde.

Por mais que isso pareça ser ilógico, não é uma coisa totalmente fora de questão. E isso ameaça mudar a compreensão que se tem da evolução animal inicial e do desenvolvimento do próprio sistema nervoso.

“Pode parecer muito improvável que tais características complexas possam evoluir duas vezes, independentemente, mas a evolução nem sempre segue um caminho simples. Por exemplo, pássaros e morcegos são parentes distantes, mas têm asas desenvolvidas de forma independente para o voo”, explicou o geneticista, Anthony Redmond, do Trinity College Dublin, na Irlanda.

Hipóteses

Nos últimos anos, alguns modelos dividiram os genes em grupos menores para fazer uma comparação. Com isso, eles descobriram que as geleias tem um sinal filogenético maior do que as esponjas. Isso sugere que esses animais evoluíram e existiram primeiro.

Uma outra linha de modelos, que não particionam genes, mas tem uma super matriz maior, mostraram uma linha do tempo totalmente oposta. Nela, as esponjas surgem antes do que as geleias.

Os dois modelos tem suas limitações. Contudo, analisá-los juntos ajuda a avaliar alguns dos erros cometidos pelos pesquisadores e preconceitos anteriores que existiam ao examinar os dados.

“Nossa abordagem preenche a lacuna entre duas metodologias discordantes e fornece fortes evidências de que as esponjas, e não as geleia, são nossos parentes animais mais distantes. Isso significa que nosso último ancestral animal comum era morfologicamente simples e sugere que a evolução repetida e / ou a perda de características complexas como um sistema nervoso é menos provável do que se as geleias de favo fossem nossos parentes animais mais distantes”, disse Redmond.

Observações

Os pesquisadores também dizem que os modelos “‘mal ajustados’ e ‘excessivamente simplistas’ que estão suprimindo algumas mudanças evolutivas no longo ramo das geleias de favo. Isso faz com que o filo Ctenophora pareça ter evoluído antes das esponjas, quando, na verdade, essas geleias provavelmente se separaram de Porifera bem no início e depois evoluíram incrivelmente rápido”.

Como essa questão levantou vários debates, é bem improvável que esse novo estudo acabe com essa conversa. Por conta disso, as conclusões dessa pesquisa se juntam com outros avanços recentes.

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