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Como é a vida do homem que passou décadas com a cabeça grudada nas coxas

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Você reclama de dor nas costas? Depois de saber sobre essa história, eu acho que você vai pensar duas vezes, antes de falar daquele mal jeito de uma noite não tão bem dormida. Isso porque, um homem passou anos, com a cabeça presa entre as pernas. Mas afinal, como é a vida do homem, que passou a década com a cabeça grudada nas coxas?

Um homem, de 46 anos de idade, teria passado três décadas da sua vida, com o rosto pressionado contra suas coxas. E tudo isso aconteceu, devido a uma condição rara de espondilite anquilosante (EA). No entanto, atualmente, o homem passou a ser capaz de endireitar sua coluna novamente, graças a uma cirurgia, que mudou sua vida.

A história do homem dobrável

Quando tinha apenas 18 anos de idade, Li Hua foi diagnosticado com espondilite anquilosante. Contudo, com o passar dos anos, sua condição piorou a ponto de se tornar uma espécie de “homem dobrável”, chegando a viver com seu rosto, pressionado contra as coxas. Isso aconteceu porque a família de Hua, que vem da cidade de Yongzhou, na província de Hunan, na China Central, não tinha o dinheiro necessário para o tratamento. Mas seu caso se tornou tão grave, que atraiu a atenção do médico e professor universitário Tao Huiren. Com a intenção de ajudar Li Hua, o professor era chefe de cirurgia de coluna vertebral e ortopedia. O professor Huiren já havia tratado pessoas com espondilite anquilosante, mas em toda a sua carreira, nunca havia visto um caso tão grave. Embora parecesse extremamente complicado, ele decidiu ajudar Li a se erguer novamente.

De acordo com o professor, a única opção era quebrar cada um dos ossos, e depois, endireitar a coluna vertebral. Assim, isso incluía quebrar ossos como o fêmur, vértebras cervicais, vértebras trácicas e vértebras lombares. “Os riscos envolvidos eram de 20 a 30 vezes os riscos de um paciente regular em cirurgia da coluna vertebral. E as chances de ele se tornar um paraplégico, também eram muito altas”, disse Huiren.

Um caso como nenhum outro

Mesmo pacientes que sofrem das mais graves condições da doença, podem, no mínimo, levantar a cabeça. Mas esse não era o caso de Li Hua. Sua deformidade espinhal severa foi descrita como de grau “três”. Dessa forma, as regiões mais críticas se encontravam no queixo, que aproximava do peito, o esterno no púbis e o rosto no fêmur. Embora o risco de paralisa fosse extremamente alto, os médicos concluíram que não operar Li, também o colocaria em risco. De fato, não havia escolha, já que a pressão, no coração e nos pulmões, era mais do que qualquer pessoa poderia suportar.

Para se ter uma ideia, realizar a operação seria o equivalente cirúrgico de escalar o monte Everest, para um atleta. No entanto, a cirurgia foi feita em quatro fases e exigiu que a coluna fosse quebrada, em várias seções. “É claro que ele não será capaz de fazer algo muito extremo, como boxe ou tênis. Mas os movimentos corporais básicos não serão mais um problema”, disse o profissional, Tao Huiren.

Antes da operação, Li Hua lutava para comer e beber. Desta forma, seu corpo media apenas 90 centímetros de altura. E por fim, ele agradeceu toda a equipe médica que realizou a cirurgia. “Não haveria cura para mim sem o Dr. Tao. Ele é meu salvador, e minha gratidão a ele, só não é maior do que a que tenho pela minha mãe”, disse Li.

A espondilite anquilosante é um tipo debilitante de artrite, que causa inflamação na coluna vertebral. Essa inflamação faz com que o tecido ósseo se desgaste, ao qual o corpo humano responde, produzindo cálcio extra, para produzir mais ossos, mesmo em regiões que não deveria.

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