Conheça a misteriosa coleção de fitas de Osama bin Laden

Ele já foi considerado o inimigo nº1 dos Estados Unidos da América, e durante anos foi um dos homens mais procurados do mundo. Seu crime: arquitetou e liderou um dos maiores atentados terroristas da história da América, o ataque aos prédios colossais (símbolos da economia nacional) do World Trade Center, num fatídico 11 de setembro do ano de 2001. Osama bin Laden, ou simplesmente bin Laden, entrou para a trajetória da humanidade como o saudita mais odiado (e amado) pelo mundo.

Em 2011 (dez anos depois do atentado terrorista ao World Trade Center), o presidente norte-americano Barack Obama finalmente anunciou ao mundo que Osama bin Laden havia sido morto em uma operação militar americana. Entretanto, bin Laden construiu mais que um legado de terror.

O terrorista morto também deixou para trás um rastro de mistérios. Alguns artefatos encontrados pertencentes ao saudita o tornam um homem ainda mais indecifrável, como uma estranha coleção de fitas cassetes que o mesmo possuía. Agora, aqui no Ultra Curioso, conheça a coleção de fitas de Osama bin Laden.

Após a invasão do Afeganistão por tropas lideradas pelos EUA em 2001, Osama Bin Laden foi forçado a fugir da cidade de Kandahar, onde morava desde 1997. Daí então, foi desocupado um prédio em frente ao Ministério das Relações Exteriores do Talibã, onde figurões da Al-Qaeda costumavam se encontrar. Dentro dele, foram encontradas nada menos do que 1,5 mil fitas cassete.

As fitas de áudio haviam sido vendidas por uma família afegã a uma loja de cassetes. Com o fim do domínio do Talibã, passou a ser possível ganhar dinheiro produzindo música pop, o que antes era proibido, e as fitas poderiam ser apagadas e regravadas com as canções de sucesso.

Entretanto, um cinegrafista que trabalhava para a rede CNN ficou sabendo do material e convenceu o dono da loja a devolvê-las, afirmando que elas poderiam ter algum conteúdo importante, e acertou: elas eram simplesmente a biblioteca em áudio da Al-Qaeda.

As fitas chegaram então ao Projeto de Mídia do Afeganistão no Williams College, no Estado americano de Massachusetts, que pediu a Flagg Miller (um especialista em literatura e cultura árabe da Universidade da Califórnia Davis) que fizesse uma análise na mistura aparentemente caótica de sermões, músicas e conversas íntimas gravadas nas fitas. Até hoje, ele é o único a ter ouvido todo o material.

Embora sermões e discursos formem a maior parte da coleção, também há coisas bem estranhas e diferentes. Entre elas, uma conversa com um gênio (ou Jinni, em árabe) que possuiu o corpo de um homem. Falando por meio dele, o gênio afirma ter conhecimento de tramas políticas, embora afirme-se que Bin Laden não creditava “nessas coisas”.