Todos nós já ouvimos falar de bebês gêmeos, gêmeos idênticos e até mesmo de gêmeos siameses. Entretanto, você já ouviu falar de algum bebê que possuísse duas cabeças e apenas um corpo? Agora, imagine você, que esta segunda cabeça, subdesenvolvida, pisca e sorri. Bem, este é o caso de Manar Maged.
Nascida em 30 de março de 2004, no Egito, a pequena Manar nasceu com uma condição rara. Conhecida como craniopagus parasiticus, tal condição ocorre quando um embrião se divide no útero, mas não se desenvolve totalmente. Isso faz com que um dos bebês, no caso, gêmeos siameses, não se desenvolva completamente. O que acaba por formar uma espécie de “membro” do outro gêmeo. E assim, Manar nasceu.
Ela conseguiu crescer, enquanto o que viria a ser sua irmã, que foi chamada de Islaam, se desenvolveu na forma de uma segunda cabeça, e que nasceu ‘colada’ na cabeça de Manar. Entretanto, ela não podia sobreviver independentemente. A craniopagus parasiticus é uma condição que afeta entre 4 e 6 pessoas, em cada 10 milhões de nascimentos no mundo.
Em 19 de fevereiro de 2005, aos 10 meses de idade, Manar foi operada, por uma equipe de treze cirurgiões no Cairo. A intenção era separar a cabeça de sua gêmea, que, assustadoramente, podia piscar e sorrir. A cirurgia se tratava de um caso de grande complexidade.
Portanto, todo o procedimento teve duração de 13 horas para ser concluído e envolveu uma equipe de grandes cirurgiões. Em um primeiro momento, a operação foi um sucesso. Naquela época, a história de Manar ocupava as manchetes dos principais jornais e revistas do mundo. Todos queriam saber quem ela era, e como ela estava, após a delicada cirurgia a qual foi submetida.
Duas histórias
De acordo com um dos médicos, que cuidou do polêmico caso, a cabeça de Islaam possuía um cérebro independente. Porém, não possuía torso ou membros. Por causa disso, dependia completamente da circulação sanguínea de Manar. Ademais, apesar da menina sorrir e piscar, os médicos não sabiam dizer, ao certo, se ela era capaz de formar pensamentos.
A grande questão é que a permanência de Islaam, unida ao corpo da irmã, causava alguns problemas à Manar, que chegou a desenvolver problemas cardíacos. Além de que a menina não podia se sentar ou engatinhar devido ao peso da segunda cabeça. Foi então que os médicos e a família decidiram realizar a cirurgia para separá-las.
O que eles não sabiam é que o pior estava por vir. Após a cirurgia, Manar desenvolveu um quadro de hidrocefalia, proveniente do acúmulo de liquido cefalorraquiano em seu cérebro. Assim, uma segunda operação se fez necessária para drenar tal líquido. Posteriormente, ela foi enviada para casa.
No ano seguinte, a menina, que estava ainda se recuperando de todos esses procedimentos, teve pneumonia. Além de desenvolver um grave problema cardíaco e ser internada, com um quadro grave de infecção cerebral. Os médicos fizeram tudo o que estava ao alcance. Mas, Manar já não respondia aos tratamentos e acabou falecendo. A pequena morreu prestes a completar os dois anos de idade.
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