A cada dia que passa as mudanças climáticas ficam ainda mais em evidência, e isso é extremamente prejudicial para nossa sobrevivência. Conforme essas consequências são vistas com mais frequência, estudos são feitos como forma de alerta. Por exemplo, de acordo com um estudo feito por pesquisadores canadenses, o desgelo total do Polo Norte pode acontecer antes do que a ciência esperava.
Ainda conforme o estudo, o desgelo do Ártico pode começar acontecer em uma década. Claro que quando isso acontecer, o ecossistema do local irá ficar prejudicado, visto que uma área grande ao norte da Groenlândia é um dos últimos habitats para espécies que dependem do gelo que tem neve o ano todo. Contudo, o estudo mostra que isso pode mudar ainda nesse século.
“Em todos os cenários de aquecimento, espera-se que o Oceano Ártico central esteja livre de gelo na maioria dos verões até meados do século, entre 2035 e 2067”, disseram os pesquisadores.
Segundo as previsões anteriores, a área com gelo permanente iria durar mais algumas décadas. No entanto, usando imagens de satélite com uma definição melhor, os pesquisadores viram que, na realidade, o desgelo do local está acontecendo bem mais rápido.
Metrópoles
Como o ecossistema do Ártico é bem sensível às mudanças climáticas, não é uma surpresa que o desgelo total do Polo Norte esteja acontecendo. No entanto, várias espécies, como ursos polares, focas-aneladas e baleias-da-groenlândia, dependem do gelo marinho para conseguirem sobreviver. Ou seja, se esse habitat for perdido, isso será um risco iminente para todas essas espécies e terá consequências irreversíveis para a biodiversidade.
De acordo com uma simulação feita pelos pesquisadores, o desgelo total do Polo Norte está mais perto do que se imaginava. Isso porque o gelo da região está entrando em contato, com mais frequência, com as águas mais quente do sul a cada ano que passa. Consequentemente isso pode fazer com que o derretimento total aconteça bem antes do que se pensava.
“Essas descobertas ressaltam a urgência de reduzir o aquecimento global para garantir projeções estáveis para a LIA e para habitats críticos do Ártico”, disse Madeleine Fol, pesquisadora atmosférica e autora principal do estudo.
Outro ponto reforçado pelo estudo é que enquanto o gelo espesso da LIA pode se manter por algum tempo, a vulnerabilidade aumenta à medida que as temperaturas sobem e muda o ambiente marítimo.
Fonte: Metrópoles
Imagens: Metrópoles