Natureza

Destroços do Titanic estão sendo devorados por micro-organismos

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Os destroços do Titanic, um dos navios com a história mais marcante de todos os tempos, estão desaparecendo. Se tratando de um item histórico, que afundou em 1912, o desaparecimento dos destroços tem gerado preocupação entre os cientistas, que atribuíram a condição a micro-organismos que estão deteriorando o casco do navio.

Por conta disso, um grupo de pesquisadores deve realizar uma expedição para estudar quais são as comunidades de micro-organismos que estão consumindo a embarcação. Em breve, os cientistas irão coletar amostras submarinas para entender melhor a biodiversidade presente no local do naufrágio.

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“Este é um dos estudos mais profundos e ambiciosos que realizamos. Essa parceria contribuirá para o crescente banco de dados que auxilia na compreensão dos oceanos profundos e do extraordinário espectro de espécies que desempenham papéis importantes nesses ecossistemas”, declarou Mehrdad Hajibabaei, especialista em genômica da biodiversidade e fundador da organização de genômica ambiental eDNAtec.

Os restos da embarcação, que foram localizados em 1985, estão a 3.800 metros de profundidade, em um ponto a cerca de 600 quilômetros ao sul de Newfoundland, no Canadá. As informações foram divulgadas pelo portal History.

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Desde que os destroços foram localizados, cientistas têm buscado preservá-los para promover estudos. No entanto, conforme apontam os especialistas, é possível que o navio desapareça por completo até o ano de 2030, em razão da ação de micróbios que se alimentam de metal em conjunto com a corrosão pelo sal marítimo e com as fortes correntes oceânicas.

Além dos micro-organismos, alguns especialistas alegam que os veículos submersíveis que exploraram a região para encontrar o Titanic danificaram o navio ao se apoiar ou colidir com ele. A maior parte da madeira do navio também já foi devorada por moluscos.

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Uma alternativa para evitar que o navio desapareça por completo seria a retirada dos destroços do fundo do mar. Porém, essa ideia já esteve em discussão e, até hoje, não foi bem aceita devido à dificuldade da operação. Os próximos passos deverão ser discutidos quando os cientistas retornarem da expedição que vai avaliar as culturas de micro-organismos.

A triste história do Titanic

Após anos de criteriosas análises dos destroços do naufrágio, que empregaram sofisticadas simulações e modelos de inundação utilizados na moderna indústria de navegação, especialistas conseguiram chegar a um apavorante retrato das últimas horas e minutos do Titanic.

O destino do navio foi selado em sua viagem inaugural de Southampton, na Inglaterra, à cidade de Nova York. Às 23h40 de 14 de abril de 1912, a lateral do Titanic colidiu com um iceberg no norte do Atlântico, afundando partes do casco por uma extensão de quase 100 metros e expondo à água do mar os seis compartimentos dianteiros à prova d’água. A partir daquele instante, o naufrágio era inevitável.

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Francis Godolphin Osbourne Stuart

Seu destino final pode ter sido antecipado, entretanto, quando tripulantes abriram uma porta do Titanic em uma tentativa, posteriormente abandonada, de lançar botes salva-vidas a partir de um patamar inferior. A gravidade impediu a tripulação de fechar a enorme porta e, às 01h50 da madrugada, a proa já havia afundado muito, o que fez com que a água do mar entrasse por toda a embarcação.

Havia mais de 2 mil passageiros e tripulantes a bordo na viagem inaugural do Titanic, mas apenas 706 sobreviveram. Embora o navio tivesse capacidade para transportar 3.511 passageiros, o Titanic levava apenas botes salva-vidas suficientes para 1.178 pessoas.

Para piorar ainda mais, alguns botes não foram preenchidos à capacidade máxima durante a evacuação desesperada da embarcação. A maioria das cerca de 1,5 mil vítimas do Titanic morreu de hipotermia na superfície da água gelada. Centenas ainda podem ter morrido dentro do navio quando ele afundou.

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Às 02h18, passados 13 minutos desde a partida do último bote salva-vidas, a proa estava repleta de água e a popa tinha levantado alto o suficiente a ponto de expor as hélices e criar tensões catastróficas no meio do navio. Foi aí que o Titanic partiu ao meio.

A popa afundou em espiral por mais de três quilômetros até o fundo do mar. Os compartimentos explodiram. Os conveses foram esmagados. Peças mais pesadas, como as caldeiras, afundaram horizontalmente.

Durante décadas, inúmeras expedições tentaram encontrar o paradeiro do Titanic, sem êxito. Finalmente, passados 73 anos após o naufrágio, o paradeiro do navio foi descoberto por Robert Ballard, explorador residente da National Geographic, juntamente com Jean-Louis Michel, cientista francês, em 1º de setembro de 1985.

Fontes: Aventuras na História e National Geographic

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