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DNA em xícara leva homem à prisão por crime cometido em 1975

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Durante 46 anos, a resposta para quem matou Lindy Sue Biechler foi um mistério. No entanto, com DNA extraído de uma xícara de café no começo deste ano, os investigadores conseguiram acusar um homem da Pensilvânia, Estados Unidos, pelo assassinato da mulher de 19 anos em 1975.

A tia e o tio de Biechler a acharam morta em seu apartamento em 5 de dezembro de 1975, com 19 facadas. De acordo com a polícia, em comunicado à imprensa, ela estava deitada de costas com uma faca saindo do pescoço e um pano de prato enrolado no cabo de madeira.

A jovem tinha acabado de chegar do supermercado, afirmaram os investigadores, e as sacolas do mercado foram deixadas na mesa da sala de jantar.

Detetives do Departamento de Polícia de Manor Township e da Polícia Estadual da Pensilvânia comandaram as investigações sobre o homicídio ao longo dos anos. Conforme o escritório do promotor público, eles seguiram diversas pistas e interrogaram várias pessoas.

As provas foram encaminhadas a diversos laboratórios, e várias entrevistas com suspeitos foram concluídas, informou a promotoria.

A análise genética utilizou o DNA da cena do crime. Com isso identificou David Sinopoli, de 68 anos, como suspeito, de acordo com a promotoria.

Sinopoli foi preso em sua casa no dia 17 de julho, autuado, e está detido na cadeia do condado de Lancaster sem direito à fiança, afirma a polícia.

“Esta prisão marca o início do processo criminal no caso de homicídio não resolvido mais antigo do condado de Lancaster, e esperamos que traga algum alívio para os entes queridos da vítima e membros da comunidade que nos últimos 46 anos não tiveram respostas”, disse a promotora Heather Adams em um comunicado à imprensa.

Evidência na xícara de café

Foto: Lancaster County Prison/ CNN

Em 1997, o Gabinete do Procurador Distrital do Condado de Lancaster afirmou que apresentou evidências da cena do crime para análise de DNA e um perfil masculino foi extraído da roupa íntima de Lindy Sue Biechler.

Depois de três anos, o perfil de DNA foi submetido a um banco de dados nacional, também conhecido como CODIS, para identificar se existia uma correspondência com um criminoso conhecido.

Normalmente, uma pessoa que não seja um criminoso conhecido não estaria no sistema CODIS. Por isso, nenhuma correspondência foi apresentada, de acordo com o Ministério Público.

Em janeiro de 2019, a investigação foi assumida pela Unidade de Casos Arrecadados da Procuradoria do Condado de Lancaster e, meses depois, contou com o auxílio da Parabon NanoLabs para analisar o DNA obtido no caso.

Com isso, Sinopoli foi identificado como possível suspeito, disse CeCe Moore, pesquisadora da Parabon NanoLabs, em entrevista coletiva no dia 18 de julho.

Conforme matéria da CNN, como não existia correspondências genéticas individuais com o DNA do suspeito, Moore precisou tentar uma rota “nova e não tradicional” para reduzir as opções de potenciais suspeitos.

Por causa da ascendência italiana de Sinopoli, Moore estudou padrões geográficos e de imigração e os sobrenomes associados. Com isso, foi determinado que a pessoa relacionada à amostra de DNA tinha ligações com Gasperina, uma cidade na região da Calábria, no sul da Itália.

Como o DNA de uma árvore levou um homem à prisão

Foto: Shutterstock

Em novembro de 2021, outra análise de DNA levou um homem à prisão.

Pela primeira vez na história, o DNA de uma árvore foi utilizado como peça fundamental para a condenação de um homem envolvido em uma operação ilegal de extração de madeira. O caso aconteceu nos EUA.

Justin Andrew Wilke, de 39 anos, e dois comparsas teriam praticado o crime na área Elk Lake da Floresta Nacional Olímpica, em 2018. De acordo com o Ministério Público do Distrito Ocidental de Washington, os homens removeram árvores de bordo, usadas para produzir instrumentos musicais, como violinos e guitarras, e utilizaram licenças falsificadas para vender a madeira.

No julgamento, um geneticista pesquisador do Serviço Florestal do Departamento de Agricultura dos EUA alegou que a madeira que Wilke vendeu era uma combinação genética com os restos de três árvores de bordo derrubadas, que foram encontradas pelos investigadores,

De acordo com o geneticista, a análise de DNA foi tão precisa que a probabilidade de ser uma simples coincidência era de aproximadamente 1 em 1 undecilhão (1 seguido por 36 zeros).

Com isso, o júri concluiu que a madeira que Wilke vendeu às fábricas locais havia sido roubada. A evidência de DNA ainda provou que ele havia extraído e vendido ilegalmente madeira de sete outras árvores de bordo.

Wilke foi condenado por conspiração, roubo de propriedade pública, tráfico de madeira extraída ilegalmente, entre outros crimes.

Fonte: CNN, Aventuras na História, Olhar Digital 

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