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Entenda o vídeo de um navio enorme flutuando no céu do Reino Unido

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Aviões e pássaros podem voar, além de uma série de criações humanas e outros animais e… navios? Pelo menos foi isso que as pessoas capturaram e postaram nas redes sociais. A cena estranha aconteceu na cidade de Cornualha, no Reino Unido.

O vídeo em questão mostra um enorme navio que aprece flutuar no céu da cidade inglesa, assim como aquele que Peter Pan viaja. Porém, nem tudo é o que parece. Por mais que a imagem pareça ser uma edição feita em um computador, trata-se de uma ilusão de ótica conhecida como fata morgana, ou “miragem superior”.

Assim sendo, esse fenômeno é mais frequente nos meses de inverno no Hemisfério Norte, principalmente nas regiões próximas ao Ártico. No entanto, não é normal o efeito ocorrer nesta época do ano no Reino Unido.

Dessa forma, a condição necessária para que a miragem aconteça é a formação de suas camadas de ar, com uma grande diferença de temperatura entre elas. Uma é mais fria, próxima da superfície da água, enquanto a outra é mais quente, na parte superior.

Então, quando a luz emitida pelo navio no horizonte passa da camada de ar quente, que é menos densa, para a camada fria, ocorre uma mudança de trajetória da luz. Com isso, cria-se a impressão de que o navio está flutuando.

O local mais comum para se ver esse fenômeno é no asfalto ou na areia de um deserto, por exemplo. Nesses casos, a diferença de temperatura entre o ar próximo ao solo e o ambiente faz parecer que existe uma área molhada, como um oásis. Nesse caso, o nome dado é de “miragem inferior”.

Calor no Reino Unido

calor no Reino Unido

EFE/EPA/NEIL HALL

As temperaturas que atingiram o Reino Unido nas últimas semanas surpreenderam a população por conta do quão altas foram. Assim sendo, especialistas afirmam que tais temperaturas seriam impossíveis de serem alcançadas na ausência das mudanças climáticas induzidas pela ação humana.

De acordo com o grupo de cientistas do Wolrd Weather Attribution, o calor recente é apenas uma prévia das ondas de calor, incêndios e secas que afetarão o Reino Unido nos próximos anos. O grupo reúne estudiosos do clima após eventos climáticos extremos para identificar se as mudanças climáticas aumentaram as chances de algo como uma onda de calor acontecer.

Desta vez, eles analisaram estações climáticas em Cranwell, Lincolnshire, St. James Park e Durham e combinaram diferentes recordes de temperatura no passado. Por meio de uma série de modelos matemáticos, avaliaram como as mudanças climáticas afetaram o clima.

“Como sabemos muito bem como vários gases do efeito estufa foram levados à atmosfera desde o começo da revolução industrial, podemos tirar essas coisas do modelo e simular como seria um mundo sem as mudanças climáticas”, disse a Dra. Friederike Otto, líder do grupo.

Um mundo mais quente

Desse modo, os cientistas conseguiram comparar a atualidade com um mundo sem o grau a mais global. Para a especialista, as temperaturas altas como as de Londres são raras, sendo que se espera que aconteçam em intervalos de 500 a 1.500 anos. Porém, como o mundo se aquece, a probabilidade de mais ondas de calor também aumenta.

Diante disso, Otto alerta que, se o Reino Unido quiser manter o calor extremo como um evento raro, deve trabalhar para alcançar a neutralidade do carbono rapidamente. Então, é necessário parar de produzir gases que contribuem para o efeito estuda. “Cada pequena parte de aquecimento realmente faz com que esses tipos de eventos sejam mais prováveis e ainda mais quentes. As ondas de calor são muito mais mortais do que outros climas extremos, como inundações, e as mudanças climáticas são um divisor de águas para as ondas de calor”, finalizou.

“O clima já mudou – estamos e continuaremos a sofrer as consequências da inação do governo”, disse a chefe de clima do Greenpeace no Reino Unido, Rosie Rogers, à BBC News. “O quão ruim as coisas ficam depende de quanto ou pouco os governos agora decidem fazer para se livrar dos combustíveis fósseis.”

Fonte: R7

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