Várias já foram as teorias sobre nosso planeta. Desde nosso planeta era plano, até qual o estado do nosso núcleo. E uma das coisas que parece ser mais certa em nossas vidas é o tempo. Mas mesmo o movimento dos ponteiros pode não andar na mesma proporção para lugares diferentes.
Segundo Einstein em uma de suas teorias, o tempo pode variar de acordo com alguns fatores como a gravidade e aceleração e isso faz com que ele se mova mais lentamente quanto mais fundo você for na gravidade de um objeto. Levando isso em consideração, o centro da Terra deve ser mais jovem do que a crosta e, segundo um estudo de 2016, ele realmente é.
Checando o trabalho
O famoso físico Richard Feynman disse em uma palestra no Caltech, em 1960, que devido à dilatação do tempo e à teoria da relatividade de Einstein que faz a gravidade distorcer o tempo o centro da Terra seria um ou dois dias mais novo que a superfície. E como quem disse isso era um físico prestigiado, outros cientistas tomaram como verdade.
Mas em 2016, uma equipe de físicos dinamarqueses decidiu checar as informações faladas por Feynman porque segundo eles “só porque alguém ficou famoso, essa pessoa evidentemente não está necessariamente certa em todos os assuntos”. E o que os físicos descobriram é que por causa dos efeitos da física, e não geológicos, o núcleo da Terra é realmente 2,5 anos mais jovem do que sua superfície.
Dilatação
Essa ‘relatividade’ do tempo não é somente aplicada matematicamente, ela afeta também o dia a dia das pessoas e as coisas que usamos todos os dias. Um exemplo são os GPS, que estão em satélites que orbitam nosso planeta a 20.117 quilômetros de altitude, o que já é consideravelmente mais longe na gravidade da Terra do que na superfície. Então, o tempo é mais rápido para esses satélites do que para os relógios aqui na Terra.
Um outro fator que tem que ser levado em consideração nesse exemplo é o de que os satélites se movem a 13.953 quilômetros por hora e a aceleração diminui o tempo. O que faz com que o tempo para os satélites não seja tão rápido como seria se eles estivessem parados. O resultado é que o tempo dos relógios GPS funciona alguns nanossegundos mais lentos do que os da Terra.
Esse efeito também é observado em humanos, como no caso do astronauta Scott Kelly que voltou à Terra mais jovem que seu irmão gêmeo. Scott ficou 11 meses na Estação Espacial Internacional, tempo que cortou 13 milissegundos da sua idade aqui na Terra.