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Esse é o som assustador de um terremoto em Marte

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Os humanos sonham em ir à Marte praticamente desde quando o planeta foi descoberto. A Nasa diz que não deve demorar tanto para enviar uma missão tripulada. Enquanto isso, empresas privadas estão correndo contra o tempo para apresentar planos cada vez mais audaciosos para chegar no planeta Marte.

O entusiasmo do público pelo planeta vermelho não diminuiu com o passar de tempo. E depois da missão do Curiosity Rover, várias outras foram feitas para fazer mais descobertas sobre o planeta.

E o módulo de aterrissagem InSight Mars da NASA pode ter registrado o primeiro terremoto em Marte. São tremores sísmicos profundos e inconfundíveis dentro do planeta vermelho.
Segundo análise inicial, o tremor começou mesmo dentro de Marte. E agora os sismólogos estão estudando para ver qual foi a causa desses tremores já que não tiveram influências atmosféricas, como o vento, por exemplo.

Assim como os terremotos que acontecem em nosso planeta, os que aconteceram em Marte podem revelar detalhes sobre o interior do planeta. O módulo InSight pousou em Marte em novembro de 2018. O objetivo dele é especificamente estudar as entranhas do planeta. E para isso, é foi equipado com vários instrumentos para medir temperatura, rotação e atividade sísmica do planeta.

Dados

Os dados coletados pelo Seismic Experiment for Interior Structure (SEIS) foram até recentemente apenas ruídos de fundo. Mas no dia seis de abril, o instrumento registrou a atividade que a equipe estava esperando.

“Há meses esperamos por um sinal como esse”, disse o chefe da equipe do SEIS, Philippe Lognonné, do Instituto de Física do Globo de Paris (IPGP). “É tão emocionante finalmente ter a prova de que Marte ainda é sismicamente ativo. Estamos ansiosos para compartilhar resultados detalhados, uma vez que tivemos a chance de analisá-los”, continuou.

Em um tremor forte, as ondas podem agir como um radar de penetração do solo do tamanho de um planeta. E fazem isso apenas com ondas sísmicas ao invés de eletromagnéticas.

E conforme essas ondas vão se movimentando em um planeta, elas podem desacelerar conforme elas se movem entre certos materiais ou saltam de outros. E isso dá aos sismólogos uma dedução da composição interior do planeta.

Mas o evento que aconteceu, infelizmente, era fraco para mostrar aos cientistas alguma coisa sobre o interior de Marte. Mas o evento mostrou que, mesmo que Marte seja tectonicamente inativo, existe ali uma atividade sísmica.

Tremores

E isso aumentou a esperança por um tremor mais forte. Tudo porque, depois do primeiro registro, outros três sinais sísmicos também foram registrados. Mas o primeiro, além de ser o mais forte, tem outro motivo para ser mais interessante. Ele se parece com o perfil sísmico dos terremotos que foram detectados pelos sismógrafos de 1969 e 1977, e que foram relatados pelos astronautas da missão Apollo.

Do mesmo jeito que Marte, a lua não é tectonicamente ativa. A atividade sísmica que ela tem é causada por um encolhimento lento e leve à medida que o interior esfria. E conforme o interior dela encolhe, isso cria tensões na crosta externa até que ela se rompa. E é isso que causa os tremores.

Segundo os cientistas planetários, essa mesma coisa acontece com Marte. Com mais detecções e análises no futuro, será possível revelar mais. “As primeiras leituras da InSight continuam a ciência que começou com as missões Apollo da NASA”, disse Bruce Banerdt, do Investigador Principal da InSight, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.

“Nós estamos coletando ruídos de fundo até agora, mas este primeiro evento oficialmente dá início a um novo campo: sismologia marciana”, concluiu.

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