Foto de 83 milhões de pixels do sol foi tirada por sonda

O sol é a estrela central do nosso Sistema Solar. Assim, todos os outros corpos desse sistema, como por exemplo, planetas, planetas anões, asteroides e cometas, giram em torno dele. Além disso, ele é um dos grandes responsáveis pela existência de vida em nosso planeta. Ele é a estrela mais próxima da Terra e pertence à classe espectral G. Em relação às outras estrelas, ela é mediana.

Várias já foram as expedições e estudos para tentar entender o sol e como ele funciona. Inclusive, algumas imagens já foram obtidas dessa estrela. Um exemplo foram essas imagens inéditas que a Agência Espacial Europeia (ESA) revelou do sol.

As imagens foram feitas através da sonda Solar Orbiter. Ao todo, foram 25 imagens que formam um mosaico que reproduz o sol por inteiro e revela detalhes da sua atmosfera e também do disco solar.

Sol

Aventuras na história

Com essas imagens do sol, os cientistas vão poder entender melhor e com mais precisão as erupções que acontecem da coroa solar para as camadas atmosféricas mais internas. Além disso, eles também querem entender mais sobre o fato de a coroa solar atingir uma temperatura de um milhão de graus Celsius ao mesmo tempo que a superfície fica com “somente” 5 mil graus Celsius.

De acordo com a ESA, o mosaico das imagens do sol foi tirado no dia sete de março, quando a sonda estava a aproximadamente 75 milhões de quilômetros de distância do sol.

Por mais que essa quilometragem pareça ser distante, a longitude fica no meio do caminho com relação à distância entre a Terra e a nossa estrela, além de ser o ponto mais próximo que algum equipamento fotográfico já conseguiu se aproximar do sol.

“O telescópio de alta resolução do EUI tira fotos com uma resolução espacial tão alta que, a essa distância, é necessário um mosaico de 25 imagens individuais para cobrir todo o sol. Fotografada uma após a outra, a imagem completa foi capturada em um período de mais de quatro horas porque o registro de cada parte do mosaico leva cerca de 10 minutos, incluindo o tempo para a espaçonave se posicionar de um segmento para o outro”, explicaram os pesquisadores.

Imagens

Aventuras na história

A imagem tem uma resolução de 83 milhões d pixels, o que quer dizer que ela é 10 vezes mais nítida do que uma televisão que reproduz vídeos em 4k. E um ponto curioso sobre esses registros do sol é que as imagens têm colorações diferentes em alguns pontos. Isso mostra a variação de temperatura por conta dos elemento químicos. Por exemplo, o roxo para hidrogênio gasoso, que chega a atingir 10 mil graus Celsius, ou o amarelo para o neon, com 630 mil graus Celcius.

Mais registros

Como o sol sempre gerou bastante interesse nos pesquisadores, os registros da estrela sempre acontecem e tendem a melhorar conforme o tempo passa. Em 2020, os pesquisadores conseguiram a melhor fotografia já tirada da superfície da estrela.

O registro foi possível por causa do Telescópio Solar Daniel K. Inouye (DKIST), no Havaí, que era o maior telescópio desse tipo no mundo. “Vimos agora os menores detalhes sobre o maior objeto do nosso sistema solar. O que enxergávamos, anteriormente, como um ponto brilhante, uma estrutura, agora, está se dividindo em muitas estruturas menores”, disse Thomas Rimmele, diretor do DKIST.

Essa foto teve uma resolução cinco vezes maior do que as antigas melhores imagens já obtidas do sol. Justamente por isso, essa foi a primeira vez que se conseguiu observar as pequenas estruturas. O padrão, que é visto na foto, é formado por células de plasma que dançam na superfície da estrela. Na foto, elas podem parecer minúsculas. Mas, na verdade, elas têm centenas de quilômetros.

As células têm seus centros brilhantes e eles marcam onde o plasma está subindo. No vídeo, é possível ver dez minutos de turbulência solar, em 14 segundos. A área é de cerca de 200 milhões de quilômetros quadrados.

Fonte: Aventuras na história

Imagens: Aventuras na história, YouTube