Funeral da rainha, o importante papel da princesa mais discreta da Família Real

A rainha Elizabeth II morreu na tarde do dia oito de setembro de 2022, aos 96 anos de idade no castelo de Balmoral, na Escócia. Claro que ela era rainha, mas muitos esquecem que ela também era mãe e, assim como qualquer filho, ver uma mãe partindo é um momento dolorido. E ter que fazer isso com os olhos do mundo todo virado para você não deve ser nada fácil. No entanto, essa é a realidade da princesa Anne, filha da rainha Elizabeth II.

Nos últimos dias foi sabido que a rainha tinha o desejo de que sua única filha mulher assumisse o papel principal na escolta do seu caixão. Fato que a própria Elizabeth II fez no velório de seu pai, o rei George 6°, em 1952.

Esse desejo da rainha é um reflexo da imagem da princesa ligada ao trabalho duro e responsabilidade. A princesa Anne, de 72 anos, estava em Balmoral, na Escócia, preparando-se para escoltar o caixão da rainha de um espaço familiar privado para o domínio público.

Papel da princesa

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A primeira etapa foi acompanhar o caixão em sua jornada de seis horas até o Palácio de Holyroodhouse. Em determinado momento, quando a princesa fez uma reverência enquanto o caixão era levado para dentro do palácio de Edimburgo, a emoção dela ficou evidente.

Na segunda-feira, o papel desempenhado por Anne seguiu. Na ocasião, ela caminhou atrás dos homens que carregavam o caixão até a Catedral de St Giles. E durante as 24 horas que o caixão da rainha ficou em Edimburgo, a princesa se tornou a primeira mulher da família real a participar da tradicional vigília.

A presença de Anne ali, com seu uniforme cerimonial honorário da Marinha Real, deixou claro a mensagem que Elizabeth II quis passar. A princesa é a representação de uma criação na era moderna. Tendo uma criação igual à de seus irmãos.

Na terça-feira, a princesa acompanhou o caixão, na despedida da Escócia, até o Palácio de Buckingham, onde começaria o protocolo completo e as formalidades de um funeral de Estado.

Cumprir o dever

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As pessoas podem ter estranhado a presença da princesa, mas na realidade, Anne dificilmente hesita quando tem que cumprir seu dever e serviço. Em 2021, ela fez 387 compromissos oficiais, dois a mais que o atual rei. O número de eventos em que eles iam estava crescendo nos últimos anos de reinado da sua mãe.

Ao todo, Anne completou quase 500 visitas ao exterior. Além disso, ela é patrona de 300 instituições de caridade, e sua associação com a Save The Children data de 1970.

Com o passar das décadas, a presença pública da princesa se desenvolveu e ficou claro que ela tinha herdado a reputação do seu pai de ser resoluto e falar as coisas sem rodeios. Essa constatação deu início em 1974, quando aconteceu uma tentativa fracassada de sequestrá-la.

“Tivemos uma discussão sobre para onde, ou não, iríamos. Tive o cuidado em ser educada porque pensei que seria má ideia ser grossa demais nesse momento”, contou ela em uma entrevista para o apresentador do programa de TV Michael Parkinson.

Importância

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O título de princesa de Anne é uma honraria que data do século XVII. Mesmo assim, o título dado pela rainha Elizabeth II em 1987 é considerado um símbolo de como seu trabalho foi tão valorizado dentro do que seus pais chamavam de “a firma”.

E todo o trabalho árduo feito pela princesa é equilibrado com uma independência de espírito que, várias vezes, é difícil de ser alcançada por outros membros reais.

Para quem observava a família real, Anne parecia mais focada em soluções práticas. A princesa passou a vida querendo resolver cosias. E é justamente essa atitude de “se é possível fazer, ela vai fazer” que continuará sendo observada nos próximos dias.

A princesa está cumprindo seus últimos deveres para sua falecida mãe. E ela mesma diz que foi uma “honra e um privilégio” acompanhar a mãe nas suas últimas viagens.

Fonte: BBC

Imagens: BBC