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A história das gêmeas que foram usadas em experimentos médicos em Auschwitz

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Auschwitz foi usado pela Alemanha nazista e se tornou o maior símbolo do Holocausto nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Naquele período triste da História, foram inúmeros as atrocidades que aconteceram nesse lugar. Eva Mozes Kor foi uma das vítimas dessas atrocidades e conseguiu sobreviver. A mulher, que não teve uma vida fácil e que passou pelos horrores do campo de concentração, encontrou forças para viver.

Ela e sua irmã gêmea foram usadas em vários experimentos científicos prejudiciais. Hoje com 85 anos, Eva Mozes Kor lidera ativamente organizações que falam sobre o que aconteceu durante aquele tempo. Ela já escreveu livros, participou de documentários e até fundou um museu dedicado à história dos experimentos nazistas a qual ela e sua irmã foram submetidas em Auschwitz. A história dela e de sua irmã é marcante e merece ser contada.

As gêmeas

Eva Mozes Kor e sua irmã gêmea, Miriam Mozes Zeiger, nasceram na Romênia em uma família judia. Além das gêmeas, a família teve duas outras filhas mais velhas, Edith e Alice. Em 1944, toda a sua família foi levada para Auschwitz em uma carruagem de gado lotada. Ao chegarem no campo de concentração, o diretor do lugar questionou a mãe das meninas se elas eram gêmeas. Com a confirmação, as duas meninas foram separadas da mãe. Posteriormente, Eva e Miriam nunca conseguiram descobrir o paradeiro de seus pais e irmãs.

O fenômeno de gêmeos intrigava os médicos nazistas, incluindo o mais brutal de todos, o médico Josef Mengele. Sua reputação era tão terrível, que ele era chamado de “anjo da morte” de Auschwitz. Milhares de pessoas foram vítimas dos seus monstruosos experimentos.

O doutor Mengele tinha um interesse médico pelos gêmeos, já que os nazistas queriam aumentar a taxa de natalidade de mulheres arianas. Além disso, era de extrema importância entender como várias doenças afetam o corpo humano.

Os experimentos

Para descobrir como as doenças se manifestavam, Josef Mengele injetava um vírus mortal em um dos gêmeos e comparava os resultados com o seu irmão ou irmã saudável. Ele ainda liderou alguns experimentos para mudar a cor dos olhos por meio de produtos químicos e a criação artificial de gêmeos siameses.

As gêmeas Eva e Miriam foram submetidas a vários desses testes e experimentos genéticos. Segundo relatos de Eva, uma vez ela, foi separada de sua irmã e levada para o laboratório. Lá ela recebeu sangue na mão esquerda, enquanto na mão direita ela recebeu várias injeções diferentes. Depois do procedimento, ela teve febre, os braços e pernas ficaram inchados e muitas manchas vermelhas apareceram em seu corpo.

O médico então disse que ela tinha apenas duas semanas de vida. Mas inesperadamente, a menina sobreviveu e foi levada de volta para ficar com a sua irmã.

A libertação

Em janeiro de 1945, um dos prisioneiros do campo entrou no quartel em que as duas meninas estavam abrigadas com um grito de liberdade. Soldados do Exército Vermelho estavam ali para libertar todos os presos.

Depois da libertação, as irmãs de 11 anos ficaram sob custódia de freiras em um convento. Eva conta que as freiras faziam de tudo para elas, lhes davam brinquedos, mas as jovens não podiam mais brincar depois dos horrores vividos. Eva diz que achava que sua infância tinha terminando em Auschwitz para sempre.

Logo depois, as duas meninas finalmente puderam voltar para casa, na aldeia de Port, na Romênia. Mas ao chegarem lá, encontraram a casa vazia e saqueada. Para Eva, aquele foi o dia mais triste de sua vida, porque ela ainda tinha esperança de encontrar algum parente vivo quando retornasse para sua antiga residência.

A vida depois de Auschwitz

Em 1950, Eva e Miriam tinham 16 anos, se mudaram para Israel, e se estabeleceram na cidade de Haifa. Alguns anos depois, Eva se casou com outro sobrevivente do Holocausto, Michael Cora. O casal se mudou para os Estados Unidos e tiveram dois filhos, Alex e Rina.

Sua irmã Miriam sofreu com uma doença renal pelo resto da vida causada pelos experimentos feitos na infância. Eva chegou a doar um de seus rins para irmã, mas em 1993, Miriam morreu, com 59 anos de idade.

Dois anos depois da morte da sua irmã, Eva fundou o museu CANDLES, dedicado à história dos experimentos nazistas em crianças. A sigla significa algo como “Sobreviventes de Experimentos de Laboratório Mortífero Nazistas de Auschwitz”.

Atualmente, Eva trabalha com atividades educacionais, palestras e excursões sobre os experimentos. Ela ainda publicou dois livros autobiográficos e participou de diversos documentários sobre o assunto. Em 2007, Eva ajudou a aprovar a lei que fala sobre o Holocausto nas escolas secundárias do estado de Indiana, nos Estados Unidos.

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