Curiosidades

Investigações contra enfermeira acusada de matar bebês com injeções de insulina e ar

0

Normalmente, enfermeiras estão ali para cuidar dos pacientes e fazê-los ficarem bem, mas nem sempre essa é a realidade. Como por exemplo, nesse hospital onde uma “envenenadora” estava trabalhando e o número de bebês saudáveis que estavam morrendo teve um aumento significativo.

A enfermeira Lucy Letby foi acusada de assassinar cinco meninos e duas meninas e tentar assassinar outros 10 bebês no hospital Countess of Chester, no noroeste da Inglaterra.

Os jurados do processo ouviram que a enfermeira tentou matar um bebê três vezes, enquanto outro morreu logo depois de receber uma injeção de ar. A enfermeira de 32 anos nega todas as acusações.

Enfermeira

BBC

De acordo com o promotor Nick Johnson, ela era uma  “presença malévola constante” na unidade neonatal do hospital. E familiares de alguns dos bebês estavam presentes no tribunal quando Johnson apresentou sua acusação.

O promotor disse que a instituição era um “hospital geral movimentado como tantos outros no Reino Unido. No entanto, ao contrário de muitos outros hospitais, dentro da unidade neonatal do Countess of Chester, uma envenenadora estava trabalhando. Antes de janeiro de 2015, as estatísticas de mortalidade de bebês na unidade neonatal eram comparáveis às de outras unidades semelhantes. No entanto, nos 18 meses seguintes, houve um aumento significativo no número de bebês que estavam morrendo e no número de colapsos catastróficos graves”.

Esse aumento foi percebido pelos consultores do hospital que estavam preocupados que “o número de bebês que estavam morrendo havia se deteriorado inesperadamente”.

Além deles, Johnson pontuou que os médicos também observaram que os bebês que entraram em colapso “não responderam à ressuscitação apropriada e oportuna” e que outros “entraram em colapso dramaticamente, mas, depois, igualmente dramaticamente, se recuperaram”.

“Tendo procurado uma causa, que não conseguiram encontrar, os consultores perceberam que os colapsos e mortes inexplicáveis ​​tinham um denominador comum. A presença de uma das enfermeiras neonatais, e a enfermeira era Lucy Letby”, ressaltou o promotor.

Morte de bebês

BBC

Ao tribunal, Johnson disse que, como os médicos não conseguiam explicar os colapsos e as mortes, a polícia foi chamada para fazer uma revisão meticulosa. “Essa revisão indicou que, no período entre meados de 2015 e meados de 2016, alguém na unidade neonatal envenenou duas crianças com insulina. A promotoria diz que a única conclusão razoável a ser tirada das evidências é que alguém envenenou esses bebês deliberadamente com insulina”, disse ele.

Dentre os vários casos mostrados pelo promotor, teve o de dois bebês meninos nascidos como gêmeos, mas não um do outro, que foram envenenados poucos dias depois que nasceram. O promotor disse que os níveis de açúcar no sangue dos meninos caíram para níveis perigosos.

Felizmente, esses bebês, identificados como criança F e criança L, sobreviveram graças à habilidade da equipe médica. “O que a equipe médica não percebeu foi que, em ambos os casos, foi o resultado de alguém envenenando-os com insulina”, pontuou.

O ponto que Johnson ressaltou foi que ninguém pensaria que alguém estaria tentando matar bebês em uma unidade neonatal.

“Há um número muito restrito de pessoas que poderiam ter sido o envenenador, porque a entrada em uma unidade neonatal é muito restrita. Lucy Letby estava trabalhando quando ambos foram envenenados e afirmamos que ela era a envenenadora”, disse ele.

Julgamento

BBC

Os bebês tinham, cada um, um irmão gêmeo, identificados como criança E e criança M, que também foram supostamente atacados pela enfermeira. Infelizmente, um deles não sobreviveu.

Segundo Johnson, as mortes e colapsos não foram “acidentais” e não foram “tragédias naturais”. Ele também explicou que, às vezes, os bebês eram injetados com ar e em outras situações recebiam muita insulina ou leita.

“Os meios pelos quais esses bebês foram atacados variam, mas a presença constante quando eles foram fatalmente atacados ou entraram em colapso catastroficamente foi Lucy Letby”, disse ele ao tribunal.

O promotor também disse que, em alguns casos, a enfermeira tentou matar o mesmo bebê mais de uma vez. “Certa vez, um bebê que ela matou, mas não conseguiu matar na primeira vez, ela tentou uma segunda e, em um caso, até uma terceira vez”, explicou.

O julgamento de Letby por seus crimes durará até seis meses.

Fonte: BBC

Imagens: BBC

Macaco que “amolava facas” é solto após 101 dias de reabilitação

Artigo anterior

Por que o ser humano não é ‘programado’ para fazer exercício, segundo cientista

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido