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Isso é tudo que você precisa saber sobre a sonda que pousou hoje em Marte

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Depois de sete meses viajando pelo espaço, a sonda Mars InSight realizou hoje (26/11) seu pouso no planeta vermelho. Tal sonda é capaz de captar terremotos e estudar o funcionamento interno de Marte. Com esta sonda, a NASA contabiliza a oitava vez que realiza um pouso no planeta.

Alguns minutos após o pouso, a sonda enviou uma imagem que capturava o horizonte, mas que não é muito visível devido a poeira na lente. A nave espacial não tripulada percorreu cerca de 482 milhões de quilômetros em sete meses para chegar até o seu destino. O lançamento da sonda faz parte dos estudos que visam enviar humanos até Marte, o que a agência espacial espera conseguir na década de 2030.

Mars InSight

A detecção de vida no planeta não é prioridade da sonda. Tal missão será realizada por robôs no futuro. Em 2020, a agência tem como missão a coleta de rochas que possam indicar vida antiga no planeta. O último pouso em Marte aconteceu em 2012, quando a Curiosity foi até o planeta, gélido e seco, em busca de sinais de vida.

Cerca de 993 milhões de dólares foram gastos na construção da Insight. A sonda sobreviveu a entrada na atmosfera de Marte, viajando a uma velocidade de cerca de 19.800 km/h, reduzindo tal velocidade drasticamente para apenas 8 km/h.

“Nós estudamos Marte da órbita e da superfície desde 1965 – aprendendo sobre o tempo, atmosfera, geologia e química de superfície. Agora iremos finalmente explorar dentro de Marte e aprofundar nosso entendimento do nosso vizinho terrestre, enquanto a Nasa se prepara para enviar exploradores humanos mais fundo dentro do sistema solar”, afirmou a diretora da divisão de ciência planetária da direção de missões científicas da NASA, Lori Glaze.

No último domingo, 25, foi feita a última correção da trajetória da sonda. No entanto, segundo a NASA em seu site oficial, a equipe de entrada, descida e aterrissagem da nave em Marte, com cerca de duas horas antes, teria como atualizar detalhes do algoritmo que guia a espaçonave. Uma vez no planeta, a sonda passaria a se guiar automaticamente.

“Levou mais de uma década para levar a InSight de um conceito até uma nave espacial se aproximando de Marte. Ainda mais desde que eu me inspirei a embarcar nesse tipo de missão. Mas, mesmo depois do pouso, nós precisaremos ser pacientes até a ciência começar”, afirmou Bruce Banerdt, principal investigador da InSight e membro do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa.

A missão

De dois a três meses será o tempo necessário para que o braço robótico da InSight consiga colocar os instrumentos da missão em solo marciano. Até lá, o s engenheiros vão fazer uma espécie de monitoria no ambiente e fotografar o terreno. Além de que os companheiros do laboratório de Banerdt estarão praticando a configuração dos equipamentos.

Uma réplica da InSight será utilizada para tal. Assim, a equipe poderá verificar se tais instrumentos poderão ser implantados com segurança. Mesmo em casos onde rochas possam estar impedindo o trabalho. Uma vez definida a posição dos instrumentos, ainda serão necessárias algumas semanas para conseguirem levantar e calibrar cada um dos objetos. Aí sim tudo de fato começará a acontecer.

Um sismômetro de detecção de terremotos, feito pela Agência Espacial Francesa (CNES), é o principal instrumento da sonda. Seus sensores são tão sensíveis que o menor tremor em Marte poderá ser captado. Assim, impactos como meteoros ou atividades vulcânicas poderão ser percebidos.

Outro truque escondido na InSight é uma sonda que poderá escavar de três a cinco metros de profundidade, oferecendo aos pesquisadores pela primeira vez a medição precisa das temperaturas sob a terra e a quantidade de calor que escapa do solo marciano.

O pouso da sonda foi amortecido por paraquedas. O escudo térmico da nave auxiliou em seu desaceleramento, protegendo a sonda contra o choque durante sua entrada na atmosfera de Marte. A área escolhida para o pouso foi uma área plana chamada Elysium Planitia, a qual a NASA apelidou de “o maior estacionamento de Marte”.

O pouso

A equipe responsável por esta etapa da missão monitorou sinais de rádio da sonda usando outras espaçonaves e até mesmo radiotelescópios diretamente da Terra. Os sinais foram capturados por várias naves e retransmitidos para a Terra em diversos momentos. Permitindo assim que a NASA soubesse de imediato quando a InSight tocou na superfície do planeta.

Os engenheiros aguardavam tais sinais em dois lugares do mundo. Sendo um na Virginia Ocidental, nos Estados Unidos e o outro em Effelsberg, na Alemanha. Os profissionais ainda contaram com o auxílio de duas pequenas naves, descritas como sendo do tamanho de uma maleta, que estavam voando atrás da InSight para poder auxiliar na retransmissão dos sinais.

A sonda Mars Odyssey foi utilizada para a coleta de dados da descida da InSight para Marte e para transmiti-los para Terra, bem como imagens. A sonda ainda auxiliará na confirmação se os painéis solares da InSight, vitais para a sobrevivência da sonda no planeta, foram totalmente implementados. Acredita-se que até as 23h30 (horário de Brasilia), os engenheiros da NASA já possuam tal informação.

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