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Maior sucuri do mundo é encontrada morta em Bonito

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Cobras não são os animais mais amados pelas pessoas. Alguns as acham simpáticas, mas a maioria tem pavor. Mesmo assim, elas estão entre os animais que mais provocam fascinação nas pessoas. Uma delas é a sucuri.

Essa cobra brasileira figura entre os maiores animais do mundo. Uma sucuri, também conhecida como anaconda, pode chegar a medir oito metros de comprimento e pesar 200 quilos. Por sorte, a sucuri não gosta tanto assim de se alimentar de pessoas, mas não devemos nos arriscar.

Embora o mundo animal perca a cada dia um pouco da sua diversidade, a vida selvagem resiste, ou pelo menos tenta. Isso porque a sucuri fêmea de seis metros de comprimento, conhecida como Rainha do Formoso, foi encontrada morta boiando no rio Formoso em Bonito, no Mato Grosso do Sul.

Morte

Conexão planeta

Claro que a morte desse animal causou uma comoção e revolta nas redes sociais. Até porque, a sucuri tinha sido mostrada em documentários e ficou famosa através de uma postagem a respeito de uma nova espécie de sucuri descoberta na Amazônia, mas filmada em Bonito.

Uma das pessoas que ficou revoltada com a morte da cobra foi o documentarista e fotógrafo Cristian Dimitrius, que já fotografou o animal várias vezes. O fotógrafo acompanhava o comportamento da Rainha do Formoso há uma década quando a batizou de Ana Julia durante uma gravação. De acordo com ele, a cobra foi morta a tiros.

“Sinto que perdi uma amiga, um membro da família, um ser especial na qual passei muitos momentos especiais juntos. Só digo que isso não vai ficar assim, vamos investigar e ir atrás dessa pessoa. Ela terá que prestar contas à justiça!”, disse ele em uma postagem em seu Instagram.

Ainda conforme ele, a sucuri tinha 6,5 metros de comprimento. Contudo, de acordo com Abrahão Charles, especialista em serpentes, ela tinha 5,5 metros e mesmo assim, provavelmente, era a maior cobra viva da espécie no mundo todo.

Sucuri

Dimitrius filma as sucuris na região de Bonito há quase duas décadas e explicou que nos últimos anos, esses encontros se intensificaram tanto que ele conseguia reconhecer as cobras e até deu nome para algumas, como Ana Júlia.

Ele também disse que até entendeu um pouco a respeito do padrão de comportamento e filmou a cobra acasalando duas vezes. “Ano passado fiz belas imagens dessa linda sucuri para dois documentários que ainda vão sair”, disse.

Conforme ele, o lugar onde o corpo da sucuri foi encontrado foi importante para reconhecer que se tratava de Ana Julia, já que era a porção do rio que era seu habitat. “E essas grandes serpentes costumam estar sempre na mesma área”, afirmou o documentarista.

Outro fator de identificação foram as marcas da cobra que funcionam como impressões digitais. “Comparei as imagens que tinha, consultei a bióloga que também a acompanhava havia oito anos e infelizmente confirmamos ser a Ana Julia”, contou Dimitrius.

Por conta de toda repercussão, o governo do Mato Grosso do Sul de pronunciou através de uma nota dizendo que durante os procedimentos iniciais, não foram localizadas “perfurações ou indícios de que a cobra tenha sido morta a tiros”.

O corpo da cobra passará por uma perícia nessa terça-feira. “Se for comprovado que a morte foi provocada pelo ser humano, essa pessoa irá responder por crime contra a fauna”, disse o delegado Pedro Ramalho, titular da delegacia de Bonito.

Se realmente for comprovado que houve um crime contra a sucuri, quem o fez poderá receber punição de seis meses a um ano de prisão e uma multa de 500 mil reais.

Cobra

G1

Como dito, a sucuri é uma cobra que pode chegar a vários metros de comprimento. Por exemplo, esse animal que foi visto pela primeira vez em 2019, em Lagoa da Prata, na região Centro-Oeste de Minas. A cobra de mais de cinco metros de comprimento reapareceu na comunidade de Tabocas, próximo ao Rio São Francisco.

Agora, o animal é monitorado pelos ambientalistas da Secretaria de Meio Ambiente do município. De acordo com Saulo de Castro, ambientalista e servidor da pasta, a sucuri tem a cauda amputada e, por essa característica, ele e outros profissionais conseguiram identificar que era a mesma cobra vista três anos atrás na comunidade.

Por conta das dificuldades de manejo e riscos, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) orientou às equipes de Lagoa da Prata que somente monitorem a sucuri e preservem a vida do animal na região.

A primeira vez que o animal foi visto foi em 2019. Quem a avistou foi um ciclista que postou um vídeo do animal nas redes sociais. Foi através desse vídeo que o ambientalista Saulo de Castro soube da existência da cobra e foi até o local, junto com uma equipe de profissionais da Secretaria de Meio Ambiente.

“Neste dia, fizemos o registro do animal, mas nessa ocasião nós não conseguimos fazer qualquer medição dela. Fizemos algumas fotografias, um vídeo falando sobre a cobra, mas ficou só por isso mesmo. Acabamos espantando a sucuri que estava muito exposta e então ela desapareceu na vegetação. Desde então, nós não tivemos mais notícias e ela voltou a aparecer novamente, agora”, disse ele.

“Sabemos que é o mesmo animal pela cauda amputada. É uma característica única e registrada em imagens desde a primeira vez. Por nossa sorte, realmente é o mesmo animal”, pontuou Saulo.

sucuri reapareceu em 2022. Segundo Saulo, a cobra estava do lado de fora de um canal com água próximo ao Rio São Francisco, junto com outros três machos. Isso porque ela está no período de acasalamento.

“Assim que chegamos perto, os machos saíram, entraram dentro do canal de água e ela ficou do lado de fora. Foi então que a gente conseguiu fazer uma medição aproximada dela”, afirmou.

“Nessa nossa medição, ela tem em torno de em torno de 5,35 metros. Não tínhamos as ferramentas corretas e nem pessoal suficiente para conter a cobra. É um animal muito forte, então não conseguimos fazer essa medição de forma adequada, mas conseguimos constatar mais de cinco metros”, continuou.

Fonte: CNNG1

Imagens: Conexão planeta, Instagram,  G1

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