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Mulher é presa depois de 3 mil ligações ‘perturbando’ o trabalho da polícia

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Fazer ligações hoje em dia está cada vez menos comum, mas isso não quer dizer que as pessoas ainda não se liguem ou liguem para algum serviço. No entanto, tem gente que abusa desse recurso e acaba em maus lençóis. Como foi o caso dessa mulher de 42 anos, que foi presa por suspeita de ter feito mais de três mil ligações telefônicas aos serviços de prontidão e de atendimento de emergência das polícias Civil e Militar, em Tarabai, São Paulo.

A mulher foi presa nessa terça-feira e, segundo o delegado Rafael Guerreiro Galvão, que é responsável pelas investigações sobre o caso, ela não parou de fazer as ligações nem mesmo depois de ter sido proibida por ordem judicial de fazê-las.

Por conta dessa insistência foi que a Polícia Civil pediu ao Poder Judiciário que decretasse a prisão preventiva da suspeita. O pedido foi atendido depois da concordância do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP).

Agora, a mulher irá responder pelo crime de atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública. Esse crime é previsto no artigo 265 do Código Penal. Segundo a lei, a pena para esse tipo de infração é de um a cinco anos, além de uma multa para a pessoa que atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço de água, luz, força ou calor, ou qualquer outro de utilidade pública.

Investigação

Aventuras na história

As investigações a respeito desse crime começaram depois que o comando da Polícia Militar em Tarabai relatou à Polícia Civil que a mulher tinha feito, em menos de um mês, 800 ligações para o “190”, serviço de prontidão da polícia.

De acordo com o delegado do caso, essas ligações não eram feitas aos policiais para indicar nada concreto ou criminoso. Como resultado, elas causavam vários problemas aos agentes.

O delegado Galvão também ressaltou que o comportamento da mulher deixava claro que sua intenção com as ligações era somente perturbar o trabalho da polícia. Por conta disso, ele pediu à Justiça que decretasse uma medida cautelar diversa da prisão. Com essa medida, a mulher estava proibida de fazer mais ligações para o serviço da polícia.

Embora a medida cautelar tenha sido feita pelo Fórum da Comarca de Pirapozinho (SP), a mulher não respeitou a ordem judicial e não só continuou, mas fez mais de mil ligações para a polícia.

Dessa maneira, o delegado pediu de novo à Justiça que a mulher fosse proibida de usar sua linha telefônica e que as operadores de telefonia não pudessem habilitar chips no nome da investigada. Essas duas medidas foram atendidas pelo Poder Judiciário.

Mesmo assim, em março, outras 800 ligações foram feitas pela mulher ao “190”. Foi isso que fez com que Galvão pedisse a prisão preventiva da investigada.

Crime

Glamour

“O inquérito foi instaurado em março do ano passado. Até maio de agora, mais de três mil ligações. Tiveram alguns períodos de maior incidência. E também várias ligações à Delegacia de Polícia de Tarabai. Mais de 100 ligações”, contou o delegado.

Um ponto que Galvão ressaltou é que as ligações feitas por ela não podem ser consideradas como trote. “Na verdade, eu não usei a palavra trote porque o trote, às vezes, é uma brincadeira. Então, eu trato como turbações, mesmo. Porque ela ligava para falar coisas diversas. Algumas coisas até reais, mas sem nenhum tipo de relevância policial. ‘Ah, eu vi um gato abandonado’. Então, trote eu acho que não abarcaria tudo o que ela fez. Trote passa muita brincadeira e ela teve dolo mesmo”, explicou.

“Lembrando, inclusive, que ela tem uma série de anteriores passagens por desacato, ameaça, e tinha até uma anterior medida cautelar que a proibia de comparecer à Delegacia de Polícia sem estar com um representante, sem estar com alguém responsável por ela”, continuou ele.

Atrapalha

Go outside

O delegado também fez questão de frisar que esse tipo de comportamento feito por essa mulher atrapalha os serviços policiais de emergência. Como resultado, isso prejudica as pessoas que realmente precisam da ajuda da polícia.

“É importante ressaltar que esse tipo de atitude, por parte dessa cidadã, atrapalha e muito o bom andamento dos serviços policiais de emergência. Esse tipo de ligação pode estar tomando o lugar, pode estar tomando a frente, de ligações de pessoas que realmente estão necessitando da imediata intervenção policial, de pessoas que estão narrando, de fato, algo sério, relevante e criminoso e que acabam sendo prejudicadas por mais demora no atendimento, por perturbação do trabalho policial. A polícia, tanto a Civil como a Militar, está à disposição do cidadão, do munícipe, para intervir em situações sérias e relevantes e não para esse tipo de brincadeira ou mesmo esse tipo de maldade que acaba atrapalhando realmente o dia a dia do já difícil e árduo trabalho policial”, pontuou Galvão.

“É muito importante que a população respeite os serviços públicos emergenciais postos à disposição dos cidadãos e munícipes e fique ciente de que qualquer violação é passível de rápida investigação do usuário que está turbando as investigações. Isso pode levá-lo à responsabilização criminal”, concluiu o delegado.

Fonte: G1

Imagens: Aventuras na história, Go outside, Glamour

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