O que você faria se recebesse milhões em sua conta? Uma mulher australiana decidiu gastar um dinheiro que recebeu por engano e está sendo cobrada pela plataforma de criptomoedas Crypto,com. O problema é que se tratava de US$ 7,2 milhões (cerca de R$ 37 milhões). A empresa enviou os milhões por engano em maio de 2021 depois que pediu um reembolso de US$ 68, o equivalente a R$ 350.
Assim sendo, a plataforma de criptomoedas só percebeu o erro sete meses depois e entrou com um processo em dezembro. No entanto, Thevamanogari Manivel gastou os milhões em diversas compras desde que viu o valor em sua conta, incluindo uma mansão avaliada em R$ 4,8 milhões para a irmã.
Então, um juiz australiano ordenou a venda da residência e, além disso, que o valor faturado seja destinado à empresa. A mulher ainda gastou o montante com o namorado e a filha. Além da venda da mansão, a mulher foi condenada a pagar os custos legais da empresa, com juros de 10%, o que é equivalente a cerca de R$ 100 mil.
Pix errado de R$ 318 mil: Globo recupera imóvel
A gigante Globo se viu em uma situação complicada ao depositar R$ 318 mil na conta de um terceiro. Assim, o problema estava no fato de a conta estar errada. O homem que recebeu o PIX viu a quantia alta e, ao invés de devolvê-la, comprou um imóvel. Então, a Globo entrou na Justiça e recuperou o valor.
O erro no depósito do valor ocorreu no setor responsável pelos pagamentos da empresa. Dessa forma, o funcionário confundiu os números da conta correta e o dinheiro foi depositado na conta de Marcos Rodrigues, que não era o beneficiário certo.
De acordo com o portal Notícias da TV, quando a Globo se deu conta de que o depósito havia sido feito de forma errada, o grupo entrou em contato com o homem para recuperar o valor. No entanto, descobriram que isso não seria possível, já que o homem que acabou recebendo a quantia já tinha dado entrada em uma casa própria.
Dessa forma, o caso aconteceu em dezembro de 2021. Ao ficar ciente do engano, a emissora tentou solicitar a devolução do dinheiro, mas isso já não era uma opção. Então, a Globo decidiu entrar na Justiça para reaver o caso.
Homem recebe PIX por engano e compra imóvel
O juiz Luís Felipe Negrão, responsável pelo caso, analisou o pedido e apontou que ambas as partes estavam equivocadas. Desde então, não existiam novidades sobre o caso, até que publicaram no dia 22 de fevereiro a respeito.
A Globo conseguiu bloquear na Justiça a compra do imóvel que seria adquirido pelo homem que recebeu o PIX de R$ 318 mil ainda em dezembro de 2021. Segundo informações do Notícias da TV, o juiz Felipe Negrão chegou à conclusão de que Marco Antônio Rodrigues dos Santos fez uso de uma quantia de dinheiro que não lhe pertencia.
Contudo, vale lembrar que ainda cabe recurso em segunda instância, apesar da decisão. Sendo assim, o caso do PIX errado da Globo foi julgado na 3ª Vara Cível do Tribunal do Rio de Janeiro, na última segunda-feira (21).
Ainda de acordo com o site, o grupo Globo destacou que o erro ocorreu por falta de atualização de dados pessoais da pessoa que deveria ter recebido o montante.
Parecer do juiz
“Tendo em vista que existem provas documentais que acompanharam a petição inicial e respectiva emenda, no sentido de que o réu, efetivamente, se apropriou de uma quantia que não deveria ter recebido e, ainda, que antes da propositura da ação foi procurado pela parte autora e se recusou a devolver a quantia em questão, sob a alegação de que adquirira um imóvel, é de se deferir tutela de urgência de natureza cautelar em favor da autora”, explicou o juiz.
Sendo assim, o juiz pediu o bloqueio das contas do homem. Além disso, decidiu que o imóvel adquirido ficasse inacessível por meio do Banco Central. Assim, agora a residência pertence ao grupo Globo até que terminem os recursos de defesa.
“Neste caso, é evidente (não apenas provável) o direito da autora à devolução da quantia. Assim como patente é o risco ao resultado útil do processo, pois o réu, claramente, não tem extenso patrimônio. Tanto assim que depois de receber a quantia por erro, cuidou de rapidamente se apropriar dela e utilizá-la na aquisição de um apartamento”, finalizou o juiz.
Fonte: Metrópoles