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Neerja Bhanot, a aeromoça que deu a vida para salvar dezenas de vidas

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Herói é um personagem modelo, uma figura arquétipa que tem em si as qualidades necessárias para superar os problemas e obstáculos que lhe são apresentados de maneira excepcional. Para os gregos antigos, essa figura era filha de um deus com uma mortal tendo em si próprio dimensões semi divinais.

Quando pensamos em heróis, imaginamos histórias gregas, grandes romances ou aqueles que vemos nas telas do cinema. Mas a verdade é que existem aqueles que estão mais perto do que nós imaginamos.

No mundo onde parece não existir mais pessoas boas e que pensam no próximo, algumas pessoas conseguem renovar a nossa esperança. Uma dessas pessoas é Neerja Bhanot, uma indiana que teve sua vida interrompida aos 22 anos. Mas isso aconteceu por causa de seus atos heroicos que ficaram marcados para sempre na história da aviação. E fizeram da jovem uma verdadeira super-heroína.

Neerja nasceu em setembro de 1963, em Chandigarh, na Índia. Desde pequena, a menina chamou atenção por causa de sua beleza, e com isso, ela teve uma breve carreira de modelo. E seguindo uma tradição da sociedade da época, ainda muito nova, Neerja teve que se casar com um homem que seus pais viram em um anúncio de jornal e arranjaram o casamento.

Quando os pais viram que o homem só estava interessado nos dotes de Neerja, ela voltou para a casa de seus pais dois meses depois de estar casada. Mal suspeitava a mulher que, em 1985, sua vida mudaria completamente. Uma companhia indiana de aviação contratou a jovem para ser comissária de bordo.

Carreira

Neerja foi mandada aos Estados Unidos para fazer um treinamento. E estava conciliando seu tempo entre a sua carreira de modelo e comissária de bordo. Mas o que a jovem não poderia imaginar era que, pouco tempo depois, sua vida terminaria.

No dia cinco de setembro de 1986, dois anos depois de ter começado o seu novo trabalho, Neerja estava dentro de um avião no Aeroporto Internacional de Karachi, ainda na Índia, quando o avião foi tomado por terroristas da Palestina.

O objetivo dos criminosos era render a tripulação e fazer com que o avião fosse para o Chipre. Lá, eles iriam fazer um resgate a outros terroristas que estavam presos. Nesse voo, Nerja era chefe da cabine e agiu de uma maneira esperta ao planejar a fuga de todos da cabine incluindo o comandante.

Com todos indo, e sem piloto, o avião não conseguiria decolar. Neerja, no entanto, não conseguiu escapar com o resto da tripulação. Ela ficou no avião tentando salvar o maior número de passageiros que pudesse.

Voo

Depois que a tripulação saiu, o sequestro durou 17 horas e matou mais de 40 passageiros. Passadas as 17 horas de sequestro, os criminosos viram que não estava indo nada como o planejado e decidiram começar a atirar contra os passageiros e disparar explosivos.

Nesse momento, Neerja começou a fazer tudo que podia para proteger e ajudar os passageiros a escaparem pela porta principal do avião. Segundo relatado, Neerja foi encontrada morta próxima a uma das saídas do avião. Ela estava protegendo e ajudando um grupo de crianças a saírem da aeronave. Os criminosos a seguraram por seu rabo de cavalo e atiraram várias vezes nela.

O voo da Pan Am 73 tinha o total de 360 passageiros. Desses, 43 foram mortos e 120 ficaram feridos. E foi graças as atitudes de Neerja que esse incidente não foi maior e teve um número maior de mortos.

O governo da Índia e também o dos Estados Unidos deu à Neerja várias condecorações póstumas.

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