Curiosidades

O castelo dos horrores de H. H. Holmes

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Herman Webster Mudgett, mais conhecido como H. H. Holmes, foi com certeza um dos mais notórios serial killers americanos. Ele foi creditado a uma série de assassinatos nos Estados Unidos, no século XIX. E embora ela tenha confessado 27 deles, apenas nove foram confirmados realmente. Mas acredita-se que H. H. Holmes assassinou cerca de 200 pessoas em sua vida. Dizem que ele atraia suas vítimas para o seu hotel, que foi apelidado de “Castelo de Assassinato”. Esse seria um verdadeiro circo dos horrores.

De acordo com alegações, Holmes teria equipado o seu hotel com alçapões, câmaras de gás e um crematório no seu próprio porão. Tudo isso para torturar e matar as suas vítimas. No entanto, a história real, embora seja também bastante macabra, pode não ser tão horripilante quanto essa, que se tornou parte do senso comum da época. Ele pode até não ter matado centenas de pessoas, mas pelo menos nove acabaram no seu castelo dos horrores.

O serial killer

“Há um total de cerca de nove pessoas que podemos dizer com alguma confiança que ele provavelmente matou”, afirma Adam Selzer. Ele que é autor do livro HH Holmes: A verdadeira história do diabo da cidade branca. “Ele confessou ter 27 anos em um ponto, mas várias das vítimas ainda estavam vivos na época”.

O número aumentado de até 200 vítimas começou depois de um livro publicado sobre H H Holmes em 1940. O livro Gem of the Prairie de Herbert Asbury sugere que o serial killer tenha feito bem mais vítimas do que apenas as 27 confessadas por ele.

“Havia uma espécie de linha descartável que algumas pessoas sugeriram que fosse até 200 pessoas”, diz Selzer. “Na verdade, ninguém sugeriu isso. Depois disso, todos os que recontaram a história jogaram na mesma linha até que as pessoas começaram a decidir que essa era uma estimativa real ou uma possibilidade real”.

Além disso, também não há nenhuma evidência real de que Holmes tenha aprisionado estranhos em seu hotel. E muito menos  que ele tinha a intenção de assassiná-los. Todas as nove pessoas que ele provavelmente assassinou eram conhecidas dele. E o prédio que ele tinha também não era um hotel propriamente dito. O primeiro andar abrigava vitrines de lojas e o segundo possuía apartamentos para aluguel a longo prazo.

“Quando ele adicionou um terceiro andar ao seu prédio em 1892, ele disse às pessoas que seria um espaço de hotel, mas nunca foi concluído, mobilado ou aberto ao público”, conta Selzer. “A ideia toda era apenas um veículo para enganar fornecedores, investidores e seguradoras”.

O castelo dos horrores

Holmes já tinha o seu nome envolvido em uma série de esquemas de fraude. E foi justamente isso, que levou a polícia até ele. Em 1894, ele foi preso em Boston. Os investigadores suspeitaram que ele seria o responsável pelo assassinato de Benjamim Pitezel, sócio fraudador de Holmes. Depois disso, ele teria ainda assassinado os três filhos de Pitezel, na tentativa de encobrir o seu crime.

Depois de sua prisão, os jornais locais começaram a publicar histórias horríveis sobre o seu suposto “Castelo de Assassinato”. Eles diziam que Holmes tinha, em seu prédio, alçapões e salas secretas para torturar e matar as visitas. Mas segundo Harold Schechter, autor de Depraved: The Definitive True Story of HH Holmes, essas alegações e detalhes eram frutos de um jornalismo amarelo e sensacionalista.

“Acredito que, provavelmente, todas as histórias sobre todos esses visitantes da Feira Mundial que foram assassinadas em seu ‘Castelo’ entre aspas foram apenas uma fabricação sensacionalista completa pela imprensa amarela”, afirma Schechter. “Quando cheguei ao final do meu livro, eu meio que percebi que muitas das coisas que eu havia escrito provavelmente estavam exageradas”.

Sem nenhuma prova real ou evidência, a os jornais afirmaram que Holmes usou a calha do seu prédio, para levar os corpos para o porão. Todas essas histórias criaram uma imagem do prédio de Holmes. Essa era mais parecida com uma masmorra de tortura equipada do que um prédio comercial. Diziam até que ele tinha canos de gás, para asfixiar as vítimas. Além de salas à prova de som, para abafar os gritos e pedidos de socorro.

Mas isso tudo só ajudou a criar uma imagem em torno de Holmes, o que talvez nem condizia com a verdadeira história do serial killer.

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