Mundo Animal

O homem que deu sua vida para cuidar de ursos e acabou sendo comido por eles

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Homens e animais ocupam o mesmo lugar no planeta. Contudo, a separação evolucionária que tivemos nos afastou dos menos evoluídos que nós. Mas se pararmos um pouco para analisar nós não nos diferenciamos muito dos outros menos desenvolvidos.

Existem pessoas que vivem esse lema ‘da não diferença’ a fundo e dedicam suas vidas a cuidar, proteger e viver junto com determinados tipos de animais. Mesmo assim essas pessoas quase sempre sabem o risco que correm de sofrer algum ataque. Alguns casos, para não dizer todos, não dão muito certo. Casos como os de Roy Horn, o mágico que foi atacado por seu tigre branco no palco ou de Bruno Zehnder, o fotógrafo especializado em pinguins, que morreu congelado na Antártida e Steve Irwin, especialista em animais selvagens, que foi morto por uma arraia enquanto filmava um documentário. Essas tragédias foram muito impactantes e algumas ocorreram com animais nem tão selvagens assim. Nem todos os envolvidos conseguiram sobreviver aos ataques mas isso continua não desencorajando pessoas com esse tipo de motivação. Claramente, todas essas mortes foram chocantes mas não tanto como a de Timothy Treadwell que viveu e morreu junto com os ursos pardos do Alasca.

Treadwell, conhecido como “homem pardo”, era um grande entusiasta dos ursos do Alasca. Uma paixão o levou a se tornar um ambientalista e documentarista dos ursos do Parque Nacional Katmai no Alasca.

Observação

Ele começou sua observação no final dos anos 1980 durante o verão. Ele começava por uma área chamada Big Green, na baía de Hallo e depois ia para o sul, na baía de Kalifa. Ele fez essa mesma coisa durante 13 verões.

Cada uma das áreas era boa em um determinado aspecto. No Big Green era mais fácil de avistar os ursos por sua vegetação baixa e a baía de Kalifa era um lugar bom para se ter um contato mais direto com os ursos, fazendo trilhas em sua grande área arborizada.

Na época em que estava observando os ursos, Treadwell filmava todas as suas interações com os animais. Às vezes ele até tocava nos ursos e brincava com seus filhotes. Segundo ele, ele estava construindo uma relação de confiança com os bichos, mas as pessoas pensavam diferente.

Os ursos pardos são criaturas enormes e pesadas que ficam muito mais altas que um homem adulto. Os guardas florestais o alertavam do perigo mortal de sua relação com os animais e com o fato de que ele estava interferindo no funcionamento natural do parque.

Em 1998, eles deram uma multa à Treadwell por ter levado alimentos para o seu acampamento, coisa que é do conhecimento de todos por atrair ursos. Além disso eles criaram uma regra com o nome do ambientalista para que qualquer um que acampasse no parque. Os acampantes tinham que mudar sua barraca de lugar, a cada cinco dias, para que os ursos não se acostumassem com a presença de humanos.

Distanciamento

Em outubro de 2003, Treadwell estava com sua namorada, Amie Huguenard, no seu antigo lugar de camping e mesmo passado do tempo que ele normalmente ficava no parque ele decidiu permanecer, tendo a esperança de ver seu urso fêmea preferido.

O entusiasta, segundo familiares e amigos, estava ficando cada vez mais imprudente e distante do mundo em que vivia. Ele insistia em ficar no parque mesmo sabendo que aquele mês era a época em que os ursos começavam a armazenar comida para a hibernação e ficavam mais agressivos.

Triste fim

O último contato feito por Treadwell e Huguenard foi no dia 5 de outubro em uma ligação para um amigo do casal em Malibu. Depois de 24 horas, eles foram encontrados mortos pelo piloto do táxi aéreo que ia buscá-los.

Quando o piloto chegou, ele viu o acampamento vazio e logo notou um urso ao redor como se vigiasse suas presas, ele avisou os guardas do parque que logo começaram suas buscas. Não demorou para acharem os restos de Treadwell a uma curta distância do acampamento e os restos mortais de Huguenard enterrados em um monte de gravetos ao lado das barracas destroçadas.

Enquanto recuperavam os corpos, os guardas tiveram que matar um urso que tentava impedi-los de levar os restos mortais do casal. Quando fizeram uma necropsia no animal foi visto que em seu estômago estavam partes humanas. Foi a confirmação de que o casal tinha sido morto pelos ursos que eles sempre tentaram proteger.

Quando os guardas revistaram as barracas destruídas depois do ataque eles acharam uma câmera com um fita de seis minutos. A fita não tem imagens, apenas o som agonizante dos gritos do casal quando o ataque dos ursos começam, até seus gritos finais. Os guardas nunca divulgaram o áudio mesmo com vários cineastas querendo comprá-lo. A morte do casal foi a primeira morte da história do parque em seus 85 anos de existência.

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