Por O nosso planeta esconde segredos que nem mesmo os maiores cientistas conseguiram compreender. Por causa de sua imensidão e tempo de vida, diversas coisas ainda são segredos para nós. Um local que é cheio desses segredos é o oceano. Além de fenômenos curiosos, ele tem chance de ser uma das partes mais inexploradas do planeta. Por conta disso que várias descobertas acabam surpreendo a todos. Como, por exemplo, essa que foi a maior matança entre espécies no oceano.
O massacre impressionante e incomum foi observado pelos cientistas no Atlântico Norte. Anualmente, milhões de peixes capelins, que se parecem com anchovas, migram para a costa norueguesa para liberarem seus ovos. Isso acaba atraindo vários predadores para seu caminho.
Foi em uma dessas migrações que os cientistas do MIT viram o que foi a maior matança entre espécies no oceano já registrada. Nela, milhões de bacalhaus atacaram um cardume grande de capelins, consumindo cerca de 10,5 milhões deles em somente quatro horas.
Maior matança entre espécies no oceano
IGN
Não é de se espantar que esse evento foi fascinante por vários motivos, como por exemplo, dar aos pesquisadores a oportunidade de ver a dinâmica populacional de ambas as espécies, que são essenciais para o ecossistema marinho do Atlântico Norte.
De acordo com o MIT, para rastrear os movimentos dos peixes os pesquisadores usaram uma tecnologia avançada de sonar, chamada Ocean Acoustic Waveguide Remote Sensing (OAWRS). Através disso eles puderam ver que na madrugada do dia 27 de fevereiro de 2014, os capelins que estavam dispersos se agruparam em um cardume de 23 milhões de indivíduos.
Com esse agrupamento os cientistas conseguiram observar um comportamento natural desse peixe, que coordena seus movimentos quando ele chega a uma densidade crítica. Contudo, mesmo que os cardumes economizem energia desses peixes e, em determinados casos, evitem os predadores, eles fazem com que esses animais também se tornem alvos mais atraentes.
A importância do registo da maior matança entre espécies no oceano é grande porque, conforme os cientistas, ela levanta uma preocupação com o impacto da mudança climática.
Isso porque com a perda de áreas para a desova, o ecossistema marinho poderia ter consequências graves.
Fonte: IGN
Imagens: IGN
