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O quão rápido a Terra está se movendo?

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Como terráqueos, apesar de não sentirmos a Terra se movendo durante em seu movimento de rotação, ao olharmos para o céu é possível termos evidencias de que isso está acontecendo. No passado, astrônomos propuseram que vivíamos em um universo geocêntrico, onde a Terra seria o centro de tudo. E dessa forma, até mesmo o Sol giraria ao nosso redor.

No entanto, haviam certas coisas que não funcionavam com tal visão. As vezes, um planeta voltaria ao céu ao invés de seguir seu movimento de avanço. Sabemos esse movimento, chamado de movimento retrógrado, ocorre quando a Terra “alcança” outro planeta em sua órbita.

Marte, por exemplo, orbita mais longe do Sol do que a Terra. Porém, em um ponto em suas respectivas orbitas, alcançamos o Planeta Vermelho e passamos por ele. Quando o passamos, Marte se move para trás no céu. E logo após começa a avançar novamente depois que o passamos. Outra evidencia que confirma um sistema centrado no Sol é a aparente mudança na posição das estrelas em relação umas as outras. Tal observação é chamada de Paralaxe.

Demoramos cerca de 365 dias para darmos uma volta em torno do Sol. Quando olhamos para uma estrela no verão e olharmos para ela novamente no inverno, sua posição no céu mudará porque estamos em diferentes pontos em nossa órbita. Assim a vemos em diferentes pontos de vista, usando a observação de paralaxe, e com um calculo simples podemos descobrir a distância até essa estrela.

Quão rápido estamos girando?

Apesar do giro da Terra ser constante, a velocidade pode variar de acordo com a sua latitude. A circunferência da Terra, é de aproximadamente, de acordo com a NASA, 40.070 quilômetros. Estimando o dia em 24 horas, dividindo a circunferência pela duração do dia, isso produziria uma velocidade na linha do equador de cerca de 1.670 km/h.

No entanto essa velocidade não sera a mesma em outras latitudes. Se nos movermos na metade do globo até 45 graus em latitude (norte ou sul), calcularemos a velocidade usando o cosseno da latitude. O cosseno de 45 é 0,707, logo a velocidade de rotação em 45 graus é de cerca 0,707 x 1037= 733mph (1.180 km/h).

As velocidades ainda vão diminuindo a mediada que chegamos aos pólos Norte ou Sul. Agencias espaciais se aproveitam do giro da Terra no momento de enviar astronautas para estações espaciais, por exemplo. O local preferido para tais lançamentos é próximo a linha do equador. Assim os foguetes recebem um aumento na velocidade, o que os ajuda a voar para o espaço.

Quão rápido orbitamos o Sol?

De acordo com Cornell, nossa velocidade orbital em torno do Sol é de cerca de 107.000 km/h. Nossa orbita tem formato de elipse. A distância da Terra ao Sol é chamada de Unidade Astronômica e é de 149,597,870 quilômetros, segundo a União Internacional de Astrônomos. Em um ano, a Terra percorre cerca de 940 milhões de quilômetros. Viajando cerca de 2,6 milhões de quilômetros por dia, ou 107.226 km/h.

Nosso Sol possui sua própria órbita na Via Láctea. Ele está localizado a cerca de 25 mil anos-luz do centro da galáxia, tendo a Via Láctea ao menos 100 mil anos-luz de diâmetro. O Sol e o Sistema solar parece estar viajando a cerca 200 quilômetros por segundo, ou em uma velocidade média de 720.000 km/h. Assim, o Sistema Solar levaria cerca de 230 milhões de anos para percorrer toda Via Láctea.

Em relação as outras galáxias, a Via Láctea também está se movendo. Em aproximadamente 4 bilhões de anos, nossa galáxia se chocará com a sua vizinha mais próxima, a galáxia de Andrômeda. Estamos nos aproximando dela a cerca de 112 km por segundo. Ou seja, tudo no universo se encontra em movimento.

E se a Terra parasse de girar?

Segundo a NASA, a probabilidade da Terra parar de girar algum dia é de “praticamente zero”, ao menos nos próximos bilhões de anos. No entanto, se formos analisar isso de forma hipotética, a interrupção do movimento da Terra seria algo terrível. Tudo seria varrido de nosso planeta, incluindo as pessoas, edifícios, árvores, o solo e as rochas.

Os efeitos que sentiríamos seriam muito estranhos. Por um lado, o campo magnético provavelmente desapareceria, porque sabe-se que sua geração em parte é ocasionada por um giro. Perderíamos as auroras boreais e o cinturão de Van Allen. Assim, estaríamos completamente expostos aos efeitos do Sol. “Este é um risco biológico significativo”, informou a NASA.

Agora, caso tal movimento fosse gradualmente diminuindo, e este é o cenário mais provável em bilhões de anos, teríamos tempo suficiente para acostumarmos a mudança. Segundo a física, o mais lento que a Terra poderia desacelerar sua rotação seria uma rotação a cada 365 dias. Isso é chamado de Órbita heliossíncrona. Em termos de comparação, a Lua da Terra já se encontra em uma rotação síncrona da Terra, onde um lado da lua sempre está voltado para nós e o outro fica do lado oposto.

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