Curiosidades

O raio laser desenvolvido por Arquimedes

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Cerca de 213 a.C., habitantes de Siracusa, na Sicília, resistiram aos ataques da república romana, que tentava impedir que fosse feita uma aliança com Cartago. Essa era a Segunda Guerra Púnica e os habitantes gregos da cidade acabariam sendo vítimas colaterais de uma guerra entre as superpotências do Mediterrâneo. 

O que as pessoas não esperavam era que Siracusa tivesse uma arma secreta: Arquimedes. O engenheiro, matemático e cientista, aos 78 anos, ainda estava no auge da sua criatividade. 

De acordo com os relatos da época, Arquimedes construiu catapultas e a impressionante garra, um espécie de guindaste que podia ser utilizado para derrubar navios inimigos de volta ao mar, com efeitos letais.

O matemático também teria desenvolvido um canhão de vapor, uma ideia que foi testada amplamente na era do vapor, no século 19, sem que ninguém tivesse criado uma arma viável.

Para quem pensa que criar um canhão a vapor já era algo avançado, Arquimedes foi ainda além e desenvolveu algo que estava em fase experimental. O cientista teria conseguido concentrar, por meio dos espelhos, a luz do sol nos navios romanos, fazendo-os entrar em chamas. Essa arma de luz era quase como um laser da Antiguidade.

Como a história só apareceu muitos séculos depois do cerco, através de historiadores romanos, por milênios os cientistas se dividiram entre os que acreditavam e os que eram céticos.

Experimento

Foto: Domínio Público/ Creative Commons/ Wikimedia Commons

Para desvendar se a história é real ou não, uma simulação foi realizada por estudantes de Tecnologia de Massachusetts para testar a invenção. O experimento, realizado em 2005, usou 127 espelhos quadrados, medindo 30 centímetros, que foram apontados para um navio de madeira.

A embarcação queimou em alguns pontos, mas isso só ocorreu após o céu ficar sem nuvens e porque o navio estava estático por dez minutos. Depois disso, o experimento foi realizado no programa Mythbusters, da Austrália. O resultado foi o mesmo.

O programa apontou que como o mar que cerca Siracusa está direcionado ao leste, a frota romana precisaria invadir a cidade durante a manhã para que os sicilianos contassem com uma grande quantidade de luz. 

Também foi informado que as armas convencionais da época, como flechas e catapultas, teriam ajudado a incendiar um grande navio em curtas distâncias.

Para os historiadores, se o raio realmente existiu, foi eficaz apenas em cegar ou distrair os inimigos. Mas independente de como foi, os romanos não conseguiram entrar.

No entanto, como os siracusanos estavam prestes a morrer de fome, o traidor Moeriscus apenas abriu os portões para salvar a própria pele.

Com isso, romanos entraram e, apesar das ordens explícitas de seu líder, Marco Cláudio Marcelo, para trazer Arquimedes com vida, matou o matemático. Isso pode ter acontecido porque ele não reconheceu o cientista ou como vingança.

Arquimedes

Foto Domínio Público/ Creative Commons/ Wikimedia Commons

Arquimedes foi um físico, matemático e inventor nascido em 287 a.C, em Siracusa, na Sicília. Filho do astrônomo Fídeas, ele estudou na escola de Matemática de Alexandria, onde conheceu as maiores tecnologias da época.

Após concluir os estudos, Arquimedes voltou para Siracusa e iniciou o desenvolvimento de seus projetos. O matemático ficou conhecido por causa das suas invenções, entre elas, está o Parafuso de Arquimedes, utilizado para elevar água, as catapultas e armas de guerra.

Teoria do empuxo

Foto: Reprodução

Uma das lendas mais famosas envolvendo Arquimedes é o Teorema de Arquimedes, também chamado de empuxo.

Quando o rei Híeron desejou oferecer uma coroa aos seus deuses, ele contratou um ourives e deu-lhe uma porção de prata e outra de ouro em pó para que fosse criada uma coroa digna de oferta. Ao receber o objeto, Híeron desconfiou da quantidade de ouro utilizada em sua fabricação e, como não tinha provas para acusar o ourives, pediu para que Arquimedes investigasse.

Durante o banho, o cientista notou que ao mergulhar seu corpo na banheira, o nível da água subia. Com isso, Arquimedes compreendeu que poderia encontrar a verdade a respeito da coroa. De acordo com a história, ao perceber que poderia solucionar o problema, o matemático saiu correndo, completamente nu, gritando “Eureka!”, “Eureka!” (“Encontrei!”, “Encontrei!”).

Após isso, Arquimedes preparou blocos de prata e ouro com o mesmo peso da coroa e, mergulhando um de cada vez em um recipiente com água, registrou os níveis do líquido. Como o volume de água deslocado pelos dois blocos eram diferentes, o matemático conseguiu determinar as massas de ouro e pratas usadas na coroa.

Esse experimento criou o princípio de Arquimedes: todo corpo mergulhado em um fluido sofre a ação de uma força, vertical e ascendente, que é igual ao peso do volume de líquido deslocado pelo corpo. Arquimedes referiu a força como empuxo.

Fonte: Aventuras na História, Mundo Educação

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