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O sistema solar pode ter o formato de um croissant, segundo astrônomos

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Nosso sistema solar é formado pelo sol e mais 1.700 corpos celestes menores, entre cometas, asteroides e os planetas com seus satélites. Em suma, ele fica em um dos espaços da Via-Láctea, sendo formado pela estrela solar e por tantos outros corpos celestes ao seu redor. Destes, podemos citar a lua, asteroides, planetas e seus satélites junto de tudo aquilo que estiver presente no espaço sideral.

Ademais, o nosso universo é uma imensa caixa de surpresas. Nesse sentido, cientistas do mundo inteiro dedicam suas vidas para descobrirem coisas novas, principalmente sobre os planetas vizinhos. Resultado disso é o fato de também desvendarem mistérios do sistema solar como um todo.

Sistema solar

Phys

Entende-se que o sistema solar existe em uma bolha, na qual vento e radiação fluem para fora. Como resultado, empurram para o espaço interestelar. Tudo isso cria um limite de influência solar, dentro da qual os objetos do nosso sistema são protegidos da radiação cósmica.

Isso se chama heliosfera. Entender como ela funciona é importante para que se entenda também o nosso sistema solar e até mesmo como os humanos e toda a vida na Terra pode ser possível.

“Como isso é relevante para a sociedade? A bolha que nos rodeia, produzida pelo Sol, oferece proteção contra os raios cósmicos galácticos e seu formato pode afetar a forma como esses raios entram na heliosfera. Existem muitas teorias, mas, é claro, a maneira como os raios cósmicos galácticos podem entrar pode ser impactada pela estrutura da heliosfera. Ela tem rugas e dobras e esse tipo de coisa?”, disse o astrofísico James Drake, da Universidade de Maryland.

Nesse ínterim, nós estamos dentro da heliosfera, o que não permite que se visualize seus limites. Por conta disso, descobrir seu formato não é uma coisa fácil. No entanto, não é uma coisa impossível.

Tanto que, as duas sondas Voyager e New Horizons são três espaçonaves que viajaram para os confins do sistema solar. As Voyagers até cruzaram a fronteira da heliosfera e atualmente se encontram fazendo um caminho pelo espaço interestelar.

Formato

Independent

Como resultado disso, através dos dados dessas sondas os pesquisadores conseguiram determinar que a heliosfera poderia ter o formato de um croissant cósmico. Esse formato foi determinado ano passado, agora eles descobriram como o formato foi possível.

Ele é resultado das partículas neutras de hidrogênio fluindo do espaço interestelar para o sistema solar que, provavelmente, tem um papel crucial na escultura da forma da heliosfera.

Assim, os pesquisadores começaram a investigar os jatos heliosféricos. Eles são são jatos gêmeos de material que emanam dos polos do sol, formados pela interação do campo magnético solar com o campo magnético interestelar. Ao invés de dispararem para fora, eles se curvam porque são empurrados pelo fluxo interestelar, o que faz com que eles fiquem com pontas como as de um croissant. Como resultado, essas são as caudas do sistema solar.

Ademais, esses jatos são parecidos com outros vistos no espaço. Da mesma forma, esses outros jatos também são instáveis. Além disso, a própria heliosfera moldada pelo sol também parece ser instável. Agora, os pesquisadores querem saber o motivo disso acontecer.

“Vemos esses jatos se projetando como colunas irregulares e os astrofísicos se perguntam há anos por que essas formas apresentam instabilidades”, explicou o astrofísico Merav Opher, da Universidade de Boston (BU), que liderou a pesquisa.

Estudo

Science Alert

Para tentar descobrir isso, os pesquisadores fizeram uma modelagem de computador com foco nos átomos de hidrogênio neutros, que são os que não carregam cargas. Conhece-se esses fluxos através do universo. Contudo, os pesquisadores não sabem o efeito que eles podem ter na heliosfera.

Tanto que, quando os pesquisadores tiraram os átomos neutros do seu modelo, os jatos solares de repente ficaram estáveis. Então, logo em seguida eles os colocaram de volta.

“Quando eu os coloco de volta, as coisas começam a dobrar, o eixo central começa a balançar, e isso significa que algo dentro dos jatos heliosféricos está se tornando muito instável”, explicou Opher.

A análise feita pelos pesquisadores mostrou que isso acontece por conta da interação do hidrogênio neutro com a matéria ionizada na heliosfera. Como resultado, isso gera uma instabilidade de Rayleigh-Taylor, ou uma instabilidade que ocorre na interface entre dois fluidos de densidades diferentes, quando o fluido mais leve empurra para o mais pesado. Tudo isso faz com que se produza uma grande escala de turbulências nas caudas da heliosfera.

“O Universo não está quieto. Nosso modelo não tenta eliminar o caos, o que me permitiu localizar a causa da instabilidade da heliosfera, as partículas neutras de hidrogênio. Esta descoberta é um grande avanço, o que realmente nos colocou na direção de descobrir porque nosso modelo obtém sua heliosfera em forma de croissant distinta e por que outros modelos não”, concluiu Opher.

Fonte: Science Alert

Imagens: Science Alert, Phys, Independent

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