O que entendemos por expectativa de vida é o número de anos que um grupo de pessoas nascidas na mesma época vai conseguir viver. Essa expectativa é feita com um cálculo, uma média aritmética das idades que as pessoas de determinado grupo analisado morreram.
A relação dessa expectativa de vida com a qualidade de vida de um país é grande porque é possível ver os investimentos em saúde. As pessoas hoje em dia estão cada vez mais preocupadas com a qualidade de vida, aumentando, consequentemente, suas expectativas de vida.
Em vários países desenvolvidos, a expectativa de vida média é de cerca de 80 anos. Sendo que alguns conseguem viver por mais tempo. A pessoa mais velha que já viveu tinha 122 anos.
Longevidade
Por mais que a morte seja inevitável, a longevidade varia de indivíduo para indivíduo. E vários são os lugares que mostram o que fazer para ter uma vida mais longa e saudável. Mas será que esses “truques” e dicas realmente funcionam? Ou será que a longevidade de alguém já está codificada no seu DNA?
A pergunta “a longevidade é determinada principalmente pela genética?” foi feita a 11 especialistas em envelhecimento, biologia celular e genética. Eles tiveram duas interpretações diferentes a respeito dessa pergunta.
Primeiro, fizeram uma comparação da longevidade com alguma coisa pra responder. Por isso se perguntaram “a longevidade dos humanos em comparação com outras espécies é determinada principalmente pela genética?” e se “a longevidade de alguns humanos individuais em comparação a outros humanos é determinada principalmente pela genética?”
Relação
Os animais diferentes têm tempos de vida diferentes. E a razão disso é genética. Segundo David Gems, professor especialista em envelhecimento da University College London, “a questão pode significar: os limites superiores da longevidade em humanos como espécie são determinados principalmente pela genética, caso em que a resposta é ‘quase certa’. Por exemplo, a expectativa de vida máxima dos seres humanos é aproximadamente o dobro da de nossos parentes mais próximos entre os primatas superiores, como chimpanzés e gorilas”.
Já com relação ao estilo de vida ser mais importante do que os genes nos humanos, a maioria dos especialistas concordou com Gems. Por mais que a genética desempenhe um papel na longevidade, ela não é o principal fator.
A especialista em anti-envelhecimento e biologia celular e ex-diretora do Instituto Europeu de Bioinformática, Dame Janet Thornton, disse que “a genética é responsável por menos de 30% do efeito, mas é verdade que a longevidade tende a ocorrer nas famílias, ou seja, algumas famílias têm muitos idosos”.
E pode ser difícil determinar se a existência de famílias com vários idosos tem a ver com a genética ou com o ambiente em que eles vivem. Já que várias vezes, os membros da família adotam dietas e estilos de vida parecidos. E estudar o DNA dessas pessoas pode dar mais informações aos pesquisadores.
Observações
De acordo com Ken Parkinson, especialista em antienvelhecimento e oncologia da Queen Mary University London, “muitos grupos estão tentando entender isso sequenciando o DNA de centenários e supercentenários e realizando análises de todo o genoma”.
O efeito que o estilo de vida teve na longevidade é visto de forma clara quando se observa como a expectativa de vida média aumentou ao longo das centenas de anos.
A longevidade humana individual é afetada pela genética, mas ela não é o principal fator. A professora Lorna Harries, especialista em genética e biologia celular da Universidade de Exeter, resume que “a genética pode te preparar para uma vida longa, mas você precisa fazer as coisas certas para perceber isso”.