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Os terríveis campos de trabalho de Stalin

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Todo mundo faz uma ideia das atrocidades que aconteciam nos campos de concentração nazistas, certo? Mas e quanto aos gulags, conhecidos como campos da morte de Stalin? Nesses lugares, milhares de pessoas morreram. Seja de fome, de frio, de exaustão devido ao trabalho forçado e até por meio do extermínio direto e intencional.

Prisioneiros políticos de Stalin eram levados para esses campos, onde eram forçados a trabalhar, como escravos para a ex-União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. O sistema de campos de trabalhos forçados ficou conhecido como gulag. O seu auge foi durante a década de 1950. Porém, a sua origem precede a URSS de Josef Stalin, e tem precedentes na Rússia dos czares, lá do século 17. Mas foi sob o comando de Stalin que esse conceito se popularizou. Conheça um pouco de como era a vida dos prisioneiros, nesses terríveis campos de trabalho stalinista.

Campos de trabalho

Esses prisioneiros eram conhecidos como “zeks”, e, geralmente, eram enviados para os gulags sob acusações de espionagem ou traição. Ao chegarem lá, eles eram escalados para trabalhar em minas pedreiras, indústrias têxteis e químicas e muitas outras ocupações consideradas insalubres.

Mesmo que o extermínio dessas pessoas não eram o foco dos campos de trabalho, eventualmente os prisioneiros morriam. Muitos de fome, frio, doenças, exaustação. Mas também houve casos de execuções.

Entre os 28,7 milhões de pessoas que passaram pelos campos de trabalho forçado entre 1929 e 1953, estima-se que quase 3 milhões deles morreram. No entanto, esse número pode ser ainda maior, levando em consideração que muitos dos documentos oficiais simplesmente desapareceram.

Entre os 476 campos liderados pela polícia russa, os de Kolyma, na Sibéria, estão entre os mais terríveis. Para se ter uma ideia, eles são comparados com o campo de Auschwitz, na época do holocausto.

Os prisioneiros chegavam fracos e mortos de fome, depois de passarem até três meses viajando em vagões de gado e porões de navios cargueiros. Eles passavam dias sem água e comida. As mulheres eram frequentemente atacadas pelo “bonde de Kolyma”, um grupo de estupradores que entravam nos porões femininos, durante a noite. Muitos deles morriam antes mesmo de chegar ao destino.

Os presos

A rotina dos zeks era verdadeiramente brutal. Eles eram colocados em filas pelo pátio e tinham os pelos e cabelos raspados, para evitar piolhos e percevejos. Ali, ainda nus, eles eram selecionados para o tipo de trabalho o qual desempenhariam. Isso dependia da sua classificação, feita de acordo com estado de saúde, origem social e o motivo da condenação.

O dia de trabalho começava antes das 3h30, quando uma sirene acordava os presos, que dormiam em beliches coletivos. A comida dependia do desempenho de cada um. Aqueles que atingiam a cota diária recebiam 550 gramas de pão, 75 gramas de trigo ou macarrão, 15 gramas de carne e 500 gramas de batata. Tudo era milimetricamente pesado. Os outros, que não tinham o mesmo desempenho, recebiam apenas metade da comida.

A jornada de trabalho era de, no mínimo, 12 horas por dia, com intervalos de 5 minutos e uma hora de almoço. Com o frio extremo da Sibéria e as condições de trabalho, eram muito comuns acidentes de trabalho.

Fugir não era uma opção, já que era praticamente impossível ultrapassar os portões dos gulags. Sem contar que os guardas tinham ordens de atirar para matar qualquer um que tentasse passar os muros e entrasse no lugar conhecido como “zona da morte”.

E você, já tinha ouvido falar sobre esses campos de trabalho? Conta para a gente nos comentários e compartilhe com os seus amigos.

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