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Pedreira faz sucesso nas redes sociais e ganha clientes

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Desde os primórdios, temos o péssimo hábito de separar muito bem as coisas. Você sabe do que eu estou falando, aquela velha frase de “isso é coisa de mulher” ou o contrário, “isso é coisa de macho”. E por muito tempo, as coisas se mantiveram desse modo. Homens e mulheres executavam tarefas diferentes, de acordo com suas funções na sociedade, ao menos com o que se ditavam ser as funções de cada um.

Felizmente, com o passar dos anos, não apenas evoluímos tecnologicamente, mas também humanamente. Hoje em dia, as mulheres lutam por mais espaço na sociedade e pela igualdade de direitos e possibilidades. E claro, a liberdade de ocupar todos os espaços que lhe são de direito. Inclusive se esse espaço for na construção civil. Eu te pergunto, quantas mulheres trabalhando como pedreiras você já viu? Nenhuma? Isso é realmente comum, já que a profissão sempre esteve ligada ao sexo masculino, mas isso tem mudado.

Eliete, a pedreira

Eliete Vieira da Silva tem 55 anos, mas já trabalha como pedreira há quase 30 anos. Conhecida como Lia, sua história ganhou a todos quando um cliente publicou sobre seus serviços nas redes sociais. Léo Barbosa foi quem contratou Lia, ele estava precisando realizar uma reforma na laje de sua casa. O homem até procurou um pedreiro, mas o preço cobrado era muito alto e então ele deixou de lado. Até que um dia encontrou Lia, que fez um orçamento que cabia no bolso de Léo.

O homem ficou tão satisfeito com o serviço prestado pela profissional que decidiu divulgar seu trabalho nas redes sociais. No texto, ele diz que nunca ninguém foi tão detalhista quanto ela. A laje ficou melhor do que ele esperava. No fim da postagem, o homem ainda avisou, que aqueles que quisessem contratá-la poderiam entrar em contato com ele, que ele passaria para ela. E não é que deu certo?

Repercussão

Acontece que várias pessoas se interessaram pelo trabalho de Eliete. Como ela não tinha telefone celular e nenhuma rede social, foi Léo quem conversou com os possíveis clientes. Quando mostrou para a mulher a quantidade de pessoas interessadas, ela ficou emocionada! E não pense que para por aí, uma empresa de telefonia, que soube da história, entrou em contato e doou um celular para a mulher. Agora ela mesma pode falar com os seus clientes, diretamente.

Lia começou a trabalhar como pedreira através de seu irmão, em um cemitério. Depois disso, ela seguiu no ramo e realizou vários cursos para aperfeiçoar suas habilidades. A pedreira é especialista em acabamento, pintura, grafiato, texturização e colocação de azulejo. A história fez tanto sucesso que até as emissoras de televisão estão indo atrás de Eliete para saber sobre ela e sobre sua atuação na profissão. A pedreira contou que muitas vezes já enfrentou preconceitos, já que a profissão sempre foi tachada como masculina. As pessoas chegaram até a duvidar de seu bom serviço, mas Eliete nunca deixou que isso a abalasse. A excelência de seu trabalhou é a prova de que não existe profissão de homem ou de mulher.

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