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Professor de Brasília é finalista para o ”Oscar” da Educação

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Várias pessoas já ouviram que a educação é o alicerce de uma sociedade. E isso realmente é verdade. Uma população consciente sabe fazer melhores escolhas e evitar erros que já foram cometidos no passado. Existe uma grande diferença entre ensino e educação. Os professores são responsáveis por ensinar matérias como, matemática, português, história, geografia e por aí vai. Enquanto é de responsabilidade dos pais ou responsáveis à educação da criança.

Seja como for, no nosso país a educação como um todo parece sempre ficar de lado e os professores costumam ser bastante desvalorizados. Mesmo assim, eles não desanimam e fazem o melhor trabalho que podem sempre.

Como é o caso do Francisco Celso, que é professor de História do Centro de Ensino da Unidade de Internação de Santa Maria, no Distrito Federal. Ele é um dos 50 finalistas do prêmio “Top 50, do Global Teacher Prize 2020”. Esse prêmio é considerado como o “Oscar da Educação”.

Professor

E não foi somente Francisco que foi escolhido para o prêmio. Junto com ele, está a professora de Educação Especial e Língua Portuguesa, Doani Emanuela Bertan, da Escola Pública Municipal Ricardo Junco Neto, de São Paulo, e da E.M.E.F. Júlio de Mesquita Filho, de Campinas-SP. E a professora, Lília Melo, da Escola Brigadeiro Fontenelle, de Belém.

Francisco é professor da rede pública de Brasília e especialista em educação inclusiva. Ele criou o Projeto Rap (Ressocialização, Autonomia e Protagonismo), que usa esse ritmo musical que deu origem ao nome do projeto como uma ferramenta pedagógica. Ele é usado como ferramenta  na socieducação dos alunos.

“A gente entende que precisa fazer uma abordagem menos tradicional e mais próxima da realidade dos socioeducandos. Não só abordagem pedagógica, mas cultural, também próximo da cultura deles, que é a cultura urbana, de rua, movimento hip hop. Essa foi a grande sacada do projeto”, explica.

Projeto

O professor explica mais sobre o seu projeto que nasceu em 2015. “Sou professor de história e percebi que os estudantes não se enxergavam nas histórias contadas nos livros didáticos, mas se viam nas letras das músicas de rap. Então, comecei a usá-las como ferramenta pedagógica. O rap é um ritmo presente na juventude preta, pobre e periférica, o perfil dos socioeducandos da UISM”.

Em sua trajetória com o projeto Francisco fez parcerias e tem dois livros publicados, várias músicas gravadas e até videoclipes.

“O Projeto Rap vem abrindo portas para os egressos do sistema socioeducativo. Além de a gente fazer esse trabalho lá dentro, acompanhamos esses jovens após eles saírem do sistema para ajudar aressocializá-los”, comenta.

Prêmio

Essa premiação internacional em que ele está concorrendo é promovida pela Varkey Foundation. A entidade premia, todos os anos, um professor excepcional, que conseguiu contribuir para sua profissão. E além do prêmio, o professor escolhido ganhou 1 milhão de dólares.

“Já venho passando por um processo de reconhecimento. A gente ganhou o prêmio local do Itaú Unicef 2017. Em 2018, a gente ganhou as etapas local e nacional do mesmo prêmio. Agora, em 2020, a gente foi campeão do Selo de Práticas Inovadoras na Educação Pública do Distrito Federal”, comentou.

Francisco explicou que todas as informações sobre competições chegam para ele por e-mail e ele sempre se inscreve em todas. “Fiz a inscrição em setembro de 2019 e, agora, para minha surpresa, recebi a notícia de que estou entre o Top 50”, lembra.

A entidade que faz o prêmio já divulgou a lista com os 50 professores escolhidos no mundo todo. E desses, 10 serão selecionados e irão para Dubai para a premiação. O resultado do prêmio será dado em outubro. E por mais que Francisco não ganhe ele já se tornou um embaixador da Varkey Foundation no Brasil.

“Outros professores da rede pública do DF também já foram agraciados em anos anteriores com diversos tipos de prêmios nacionais e internacionais. Isso mostra a competência, a eficiência e a eficácia da atuação dos professores das escolas públicas do DF”, avalia a pedagoga Rosilene Corrêa, diretora do Sinpro-DF.

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