Nos filmes de ficção científica sobre o futuro são vistos robôs, androides e ciborgues usados quase que como sinônimos. Contudo, o que muitas pessoas podem não saber é que cada uma dessas coisas tem o seu próprio conceito e definições próprias. As diferenças entre eles também são vistas nos níveis de integração entre máquinas e organismos vivos.
Diferença entre robôs, androides e ciborgues
Robôs
Os robôs são máquinas programadas para fazer tarefas de forma automática. Além disso, eles podem ser simples, como por exemplo, um braço mecânico em uma linha de montagem, ou extremamente complexos, como no caso dos que exploram outros planetas ou são capazes de fazer cirurgias delicadas. E sua principal característica é que eles são totalmente máquinas, sem nenhum componente biológico.
Os robôs são feitos de metal, plástico e silicone e operados através de um software programado por humanos. Eles são bastante usados na indústria como uma forma de aumentar a eficiência e precisão.
Por exemplo, na medicina, eles ajudam os médicos nos procedimentos minimamente invasivos, tendo uma precisão maior e diminuindo o tempo de recuperação dos pacientes. Ou na exploração espacial, onde fazem experimentos científicos em ambientes onde não é possível ter uma presença humana.
Androides
Os androides são um subtipo de robô que foram criados para se parecer com os humanos em sua aparência e, por vezes, também no comportamento. A estrutura dos androides é parecida com a dos humanos tendo cabeça, tronco, braços e pernas e, geralmente, sendo revestidos com materiais que se parecem com a pele humana. E a palavra em si tem origem no grego “andr-“, que significa homem, e “-oide”, que significa semelhante a.
A diferença principal entre robôs e androides é a aparência e movimentos humanoides. Os androides são vistos nos filmes de ficção científica questionando a linha entre as máquinas e os humanos, mas na realidade, eles estão sendo criados para interagir com as pessoas em determinados ambientes, como hospitais, lares de idosos e serviços ao cliente.
Ciborgues
Os ciborgues, também chamados de organismos cibernéticos, são uma fusão de componentes biológicos e mecânicos. Diferente dos robôs e dos androides, os ciborgues são humanos que tem partes do corpo substituídas ou aprimoradas com dispositivos mecânicos ou eletrônicos. Através desse aprimoramento, a capacidade física ou mental da pessoa pode ser melhorada.
Um exemplo clássico é o o personagem “Cyborg” dos quadrinhos da DC Comics, que tem partes do seu corpo mecânicas, o que lhe dá uma super-força e habilidades avançadas. Já na vida real, os exemplos são próteses robóticas, implantes cocleares e marcapassos cardíacos, todos com o mesmo objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Aplicações
Seja em robôs, androides e ciborgues, o avanço da tecnologia tem feito com que inovações bastante significativas sejam feitas nos três. Na robótica, a automação industrial tem crescido bastante com os robôs cada vez mais sofisticados sendo usados em fábricas aumentando a eficiência e a segurança no trabalho. E robôs aspiradores automáticos e assistentes pessoais estão cada vez mais comuns nas casas das pessoas.
Para os androides, o foco é fazer com que eles sejam mais realistas e interativos. Tanto que empresas, como a Hanson Robotics, estão criando androides com expressões faciais e movimentos imitando os humanos para que eles sejam colocado para cuidar de idosos e no atendimento ao cliente. E, com a inteligência artificial, os androides estão cada vez mais competentes.
Já com relação aos ciborgues, as pessoas com deficiências físicas estão conseguindo recuperar suas habilidades perdidas através da biônica e a bioengenharia. Uma revolução na medicina está acontecendo graças às próteses controladas pelo cérebro e implantes neurológicos, além de novas possibilidades estarem surgindo na integração de tecnologia e biologia.
Questões éticas
Por mais que existam diferenças entre robôs, androides e ciborgues, todos trazem consigo questões éticas importantes. Por exemplo, substituir trabalhadores humanos por robôs na indústria gera uma preocupação sobre desemprego e desigualdade econômica.
No caso de androides realistas, questões a respeito da natureza da humanidade e os direitos das máquinas são levantadas. E com relação aos ciborgues, a fusão de humano e máquina desafia as noções tradicionais de identidade e integridade corporal.
Fonte: Olhar digital
Imagens: Olhar digital