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Saiba o que pode ser feito no sexo durante a gravidez

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A gestação é uma fase com várias transformações na vida da mulher. Esse momento é marcado por mudanças físicas, fisiológicas, psíquicas, que podem influenciar na qualidade do sexo.

Se não houver nenhuma contraindicação por parte do obstetra sobre evitar o sexo, todas as posições podem ser praticadas pelo casal.

Para viver esse período com segurança e tranquilidade, é importante conhecer as alterações que podem surgir.

Papai-mamãe é a posição mais incômoda 

Foto: Reprodução

De acordo com a ginecologista, obstetra e mastologista Mariana Rosário, membro do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, no terceiro trimestre a barriga já começa a atrapalhar. Por causa disso, as gestantes começam a preferir transar de lado ou mesmo de quatro, porque a mulher conta com o apoio das mãos e dos joelhos.

Conforme a progressão da gravidez, o aumento abdominal pode dificultar algumas posições – principalmente a papai-mamãe. As posições em que a mulher fica deitada, de barriga para cima, podem ser mais desconfortáveis a partir do segundo trimestre, por causa da diminuição de fluxo provocada pela compressão de vasos importantes pelo peso abdominal. 

Cuidados pré e pós-sexo

Foto: Thinkstock

Devido às alterações hormonais, a imunidade fica mais baixa. Por isso, a gestante possui maior risco de ter infecção urinária.

“Inclusive, se for uma gestante com histórico de repetidas infecções urinárias, pode ser necessário que ela faça uso de medicação antibiótica de forma profilática antes das relações”, aponta o ginecologista e obstetra Roberto de Azevedo Antunes, diretor da Sgorj (Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de Rio de Janeiro). 

Algumas medidas preventivas podem ajudar, como tomar bastante água durante o dia, não ficar muito tempo sem fazer xixi e esvaziar a bexiga antes e depois do sexo.

“A utilização de preservativo e a higienização da vagina após a relação também são cuidados cabíveis. Não é bom utilizar duchas vaginais, pois elas retiram a proteção natural da região e prejudicam a imunidade que o próprio organismo cria como defesa”, explica Fernanda Okita, ginecologista e obstetra do Hospital Santa Cruz, em São Paulo.

Pode sair líquido dos seios durante o sexo

Foto: Reprodução

Antes de iniciar a produção do leite materno, a fabricação de colostro – uma espécie de pré-leite, que possui proteínas benéficas para os bebês – se inicia. Em algumas mulheres, ele só surge depois do parto, já em outras, no segundo trimestre.

Segundo Fernanda, fatores como a utilização de medicamentos, tabagismo e, principalmente, estímulos do parceiro, como carícias e o ato de sugar, podem liberar o líquido.

Nesse caso, a ocitocina, um dos hormônios responsáveis pela amamentação, é liberada durante a situação de prazer.

Humor oscilante

Foto: TransformYourLife

A irritação durante a gravidez acaba sendo direcionada ao parceiro, pelo vínculo, pela intimidade e pela maior convivência. Por isso, é comum diminuir a libido no primeiro trimestre por causa dessa ansiedade, e também da maior frequência de dores pélvicas, cansaço, enjoos e mal-estar.

“Já o segundo trimestre é marcado pela normalização ou até pelo aumento do desejo sexual. Conforme a gravidez progride, a tendência do terceiro trimestre é de diminuição da frequência, de menor satisfação sexual e de maior desconforto pélvico, mas isso varia de mulher para mulher”, explica Fernanda.

Sangramentos são comuns

Foto: kieferpix/Thinkstock/Getty Images

Sangramentos em pequena quantidade podem acontecer depois da relação sexual ou no dia seguinte por causa da maior sensibilidade do cérvix e da irritação local.

Na maioria das vezes, o colo do útero está cheio de vasos sanguíneos durante a gestação, por isso, o contato do pênis com o colo do útero e/ou as próprias contrações do orgasmo provocam o sangramento.

“Apesar disso, não há evidências de que ter relações sexuais na gravidez provoque abortos. A maior parte é decorrente de alterações na formação fetal”, explica Fernanda.

De acordo com a ginecologista, o sintoma de sangramento vaginal na gravidez é comum e muitas vezes benigno, mas também pode apontar problemas.

“Todo sangramento, por menor e mais discreto que seja, deve ser comunicado ao obstetra e acompanhado por ultrassom para descartar a hipótese de um possível problema. Não é preciso ter medo de praticar sexo por conta disso, porque a parcela de mulheres que sangra é muito pequena. Mas, se sangrar, precisa acompanhar”, informa Mariana.

O orgasmo pode ser perigoso

Foto: Reprodução

O ápice do orgasmo pode produzir muita ocitocina, provocando uma contração. Caso a mulher tenha um descolamento de placenta ou um quadro que favoreça parto prematuro, a contração e a dilatação do útero podem causar um parto prematuro.

“Por isso, o casal tem que ser orientado por um obstetra. É o médico que dirá se o sexo é ou não permitido. Diante de um caso de descolação ovular, que ocorre no comecinho da gravidez, por exemplo, e que pode causar aborto ou sangramento, o sexo fica suspenso. O mesmo acontece quando o colo do útero está fino e a mulher sente contração”, afirma Mariana. 

Dores durante o sexo

Foto: Reprodução

É importante que o casal encontre posições sexuais mais confortáveis ao longo das diferentes fases da gravidez.

“O desconforto decorre principalmente do aumento do útero. Obviamente, o bom senso deve prevalecer sempre, posições que gerem compressão do útero, principalmente no terceiro trimestre, devem ser evitadas, pois podem gerar um maior incômodo para a grávida”, pondera Roberto.

“Quando o bebê também está muito baixo, com a cabecinha bem encaixada, a penetração pode causar dor à mãe”, acrescenta Mariana.

Vale destacar que o feto está bem protegido e não sente nenhuma aflição durante o sexo.

DRs sexuais 

Foto: Reprodução

Como esse é um momento de mudança, físicas e psicológicas, a comunicação entre o casal precisa ser clara, assertiva e efetiva, especialmente nos assuntos relacionados à vida sexual.

Nesse período, é importante falar sobre as inseguranças e compartilhar dúvidas e preocupações. Com isso, tudo fluirá melhor, até mesmo o sexo.

Fonte: Universa

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