Saudades do MSN? Novo serviço revive mensageiro que bombou nos anos 2000

O saudoso MSN voltou a ser assunto na mídia após mais de dez anos de inatividade, e tudo graças a um novo mensageiro que reviveu o design de um dos programas mais populares dos anos 2000.

As gerações anteriores vivenciaram a explosão do MSN Messenger, a plataforma mais usada para troca de mensagens. Além de recuperar um tempo passado, também atraiu a curiosidade dos novos usuários que não conheceram esse serviço.

Trata-se do Escargot, uma ferramenta que traz de volta a nostalgia do MSN e recria quase todas as funcionalidades e interfaces do programa da Microsoft, incluindo a função de chamar a atenção, que fazia a tela tremer.

Disponível gratuitamente nas versões web e desktop, os usuários só precisam se cadastrar para reviver a experiência do principal programa de mensagens dos anos 2000.

No sábado, dia 10, um vídeo postado no TikTok se tornou viral ao mostrar uma usuária acessando o serviço que foi aposentado em 2013. O segredo por trás desse truque era o Escargot, que começava a ganhar popularidade.

Desenvolvido em colaboração com o projeto NINA, dedicado à recriação de plataformas antigas como o ICQ, o Escargot utiliza engenharia reversa para replicar praticamente todas as funcionalidades do original.

No entanto, os usuários começam do zero, criando uma nova conta e adicionando contatos, sem acesso ao perfil anterior ou ao histórico de mensagens.

Novo MSN vale a pena?

Via Tecmundo

Apesar do aplicativo que imita o novo MSN ser gratuito e nostálgico, sua relevância não é das maiores.

Isso porque as formas de comunicação online aumentaram e se desenvolveram para atender nossas demandas. Dessa forma, o Escargot pode ser mais uma forma de relembrar o passado do que, necessariamente, um recurso que usaremos na rotina.

Para aqueles que não vivenciaram, é importante lembrar que o MSN Messenger, lançado em 1999 pela Microsoft, rapidamente se tornou um fenômeno na comunicação online.

Inicialmente apenas um simples aplicativo de bate-papo em tempo real, o programa evoluiu ao longo dos anos, foi integrado ao Windows e foi renomeado como Windows Live Messenger em 2005.

Com 330 milhões de usuários em todo o mundo em seu auge, o Messenger deixou uma marca indelével na história da comunicação digital.

No entanto, com o advento dos smartphones e o surgimento de aplicativos concorrentes, como o Skype, a Microsoft optou por descontinuar o serviço em 2013, encerrando assim uma era da internet.

Sentimento de nostalgia

Com funcionalidades restritas e baixa praticidade no envio de mensagens, o Escargot, ou o novo MSN, como chamam, não teria feito tanto sucesso entre os usuários mais novos.

Acostumados com envios rápidos, respostas instantâneas e acesso no celular, a nova geração não se acostumaria com uma plataforma de mensagens que funciona apenas pelo computador.

Via Techtudo

No entanto, a popularidade crescente dessa ferramenta se deve, principalmente, pelo sentimento de nostalgia cultivado pelas gerações anteriores, que vivenciaram o uso dessa plataforma de mensagens.

O formato, design e até mesmo funcionalidades tornaram o Escargot um dos programas mais baixadas nos últimos dias. E vale reforçar que o acesso foi especialmente alto entre pessoas da geração Millenial, nascidos entre 1980 e 1994.

Parte da geração Z, nascida entre 1995 e 2015, também conheceu um pouco da plataforma, que chegou ao fim em 2013. Assim, a nostalgia dos mais velhos, definitivamente, é o que mantém o Escargot online.

Esse fenômeno está se repetindo em vários cenários, principalmente no lançamento de plataformas. Elas não buscam se popularizar pelas funções ou praticidade, mas sim pelo sentimento saudosista do passado.

A estratégia pode viralizar nos próximos anos, mesmo com o avanço da tecnologia. Lançamentos populares, como o MSN e Orkut, por exemplo, estão ganhando apelo popular nas redes sociais atuais.

Agora, resta esperar para ver se outros programas seguirão a tendência e, assim como o MSN, lançarão suas funções para matar a saudade dos internautas.

Fonte: Terra

Imagens: Tecmundo, Techtudo