No seu dia a dia, quando você liga o computador, seja para trabalhar, estudar, fazer alguma pesquisa ou simplesmente para navegar na web, quais os sites e ferramentas que você usa? Para todas as pessoas que essa pergunta foi feita é possível ver na lista algumas dessas respostas: Google, Facebook, Youtube, Email, serviços de armazenamento, etc. E que atire a primeira pedra quem não acessar nenhuma dessas opções.
Depois dessa conclusão, surge a segunda pergunta: Se nós não precisamos gastar nada para usufruir esses serviços, qual é o benefício dessas empresas? Como elas fazem para ganhar dinheiro? Partindo desse questionamento, o primeiro da lista que nos intriga (e muito) é o Google.
Uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, o Google é considerada a segunda marca mais valiosa do planeta (só perdendo para a Apple), na frente de nomes como Microsoft, IBM e Coca-Cola. Com o crescimento de 9% em 2015 (dados de pesquisa da WPP eMillward Brown) a empresa vale hoje em dia US$ 173,7 bilhões. Agora pensemos: Da onde vem todo esse dinheiro?
A resposta é curta, o segredo para esses bilhões de dólares se resumem em duas palavras: Anúncios e relevância. Além de ser o mecanismo de buscas mais eficiente e usado por todo o mundo, o Google ganha em cima da sua necessidade. É assim, o site utiliza propagandas para exibir anúncios relacionados a sua busca.
Por exemplo, se você abrir a ferramenta agora e digitar “Restaurantes Porto Alegre” verá que logo no início dos resultados aparecerão uma série de restaurantes e links comerciais. O segredo é relacionar a “palavras-chave” com os assuntos buscados pelo usuário. Obviamente, não faria sentido mostrar os links dos restaurantes se a palavra buscada fosse “floricultura”, por exemplo. O objetivo é aumentar as possibilidades de clique, potencializando o cruzamento de dados. Para estarem presentes ali, o proprietário do site, negócio ou empresa paga uma determinada quantia ao Google, os valores iniciais são de US$ 0,01. Com essa logística o Google fatura por trimestre o equivalente a US$ 2 bilhões.
E se engana quem acha que para por aí, o império tecnológico investe em todas as suas ramificações. No e-mail, Youtube e até mesmo nos aplicativos para smartphones é possível encontrar os anúncios. Além disso, existe outro programa que o Google usa para arrecadar lucros, chamado Google AdSense, que nada mais é do um meio de intermediar a implantação de anunciantes diretamente em determinados sites e blogs. Ao clicar em um assunto semelhante ao assunto do blog, por exemplo, parte do valor pago pelo anunciante é direcionado ao que cede o espaço. Assim, quanto maior for o número de acessos, diretamente será maior o número de cliques, logo, todo mundo sai ganhando.
Esse mesmo raciocínio é utilizado no Facebook, que lucra em média US$ 700 milhões por ano. Seus papeis são comercializados para investidores de alta classe, que pagam para ter seu negócio (produtos e páginas) anunciadas na rede social. Um documento sobre os ganhos da empresa vazou no ano passado, dando pistas da origem da grana que financia o negócio de Mark Zuckerberg. Mais de 90% do dinheiro vem de anúncios.
A rede social se utiliza do perfil de seus usuários para saber o que eles querem comprar. Ou seja, se você pesquisa muito por informática ou compartilha links relacionados à esse assunto, por exemplo, sem que você perceba irão aparecer anúncios de computadores e tablets ao acessar sua conta. O intuito é fazer com que os produtos de seu interesse cheguem até você, aumentando assim, as chances daqueles anunciantes em lucrar com a sua necessidade.
Conclusão, como costumam dizer os grades magnatas dos negócios: “There’s no free lunch”(Não existe almoço grátis). Somos nós que pagamos os bilhões à Larry Page e Mark Zuckerberg.