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Se você tem o tipo de personalidade A procure um psicólogo

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O tipo de personalidade que temos é definido por várias influências e características diferentes. São essas características e influências que formam o todo que define cada um de nós. Somos influenciados pelo mundo que, muitas vezes, construímos ao nosso redor. Pelos grupos que participamos e pelo o que consumimos. E, obviamente, por aquilo que permitimos sermos influenciados.

A verdade é que somos seres muito distintos uns dos outros e expressamos isso de diversas formas. No modo como nos vestimos, nas cores que escolhemos, nas músicas que ouvimos e na arte que produzimos.

Algumas características podem ser comuns a um tipo de personalidade, como por exemplo, ser hostil, ter uma baixa autoestima e fazer algum esforço sem alegria. Todas essas características definem um tipo de personalidade, que é conhecida como tipo A.

Esse tipo foi descoberto nos anos 1950 por dois cardiologistas. Além de ser um tipo de personalidade ele também pode matar as pessoas mais rápido do que fumar, fazer com que as pessoas tenham pressão alta e estarem acima do peso.

Segundo Robert Sapolsky, neurobiólogo e primatologista da Universidade de Stanford, foi bem difícil para a comunidade médica aceitar o que Meyer Friedman e Ray Rosenman propunham na sua época.

Isso porque, nos anos 1950, a relação estabelecida entre estresse e doença cardiovascular não era muito bem feita. Além do que, os cardiologistas não tinham o costume de conversar sobre questões psicológicas com seus pacientes.

“Não foi até a década de 1980 que havia dados suficientes para as pessoas dizerem que o tipo A é real. É um fator de risco maior para doenças cardiovasculares do que se você fuma, se está acima do peso e se tem níveis elevados de colesterol”, disse Sapolsky.

Personalidade

O curioso foi como Friedman e Rosenman descobriram esse tipo de personalidade. Eles tiveram a ajuda de um estofador. E Sapolsky conta que descobriu a história pelo próprio Friedman.

“Ele e seu parceiro tinham um consultório em São Francisco. Tudo ia muito bem, exceto por um problema. As poltronas da sala de espera se desgastavam a uma taxa incrivelmente alta. Todo mês um estofador ia lá consertar uma cadeira ou duas. Em um determinado mês, ele entrou de férias. Um segundo estofador foi até o consultório, deu uma olhada nas cadeiras e descobriu a personalidade do tipo A. Ele disse: ‘O que há de errado com seus pacientes? Ninguém gasta cadeiras dessa maneira’”, contou Sapolsky.

Essa descoberta foi feita porque os primeiros centímetros da almofada do assento e os apoios do braço ficavam rasgados e o resto ficava intacto. Esse desgaste mostra que o paciente, com personalidade tipo A, estava sentando na beira do assento. Ele arranhava os apoios e se contorcia de preocupação, enquanto estava esperando para descobrir se existiam, ou não, más notícias.

Mas nem mesmo Friedman deu ouvidos ao estofador. O próprio era o tipo A e não acreditava nessa relação. Mas depois de cinco anos, eles se convenceram. E viram que as cadeiras de podólogos, por exemplo, não tinham o mesmo desgaste.

Foi então que Friedman e Rosenman se uniram com psicólogos, para criar o perfil tipo A e fazer a associação entre uma vida estressante e os problemas cardiológicos.

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