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Sucesso depende mais da origem que do talento, segundo a ciência

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Se você pesquisasse a lista das pessoas mais ricas do mundo, a maioria nasceu em “berço de ouro”. A realidade é que estar no lugar certo, rodeado das pessoas certas, é a fórmula do sucesso. Porém, muitos ainda acreditam que basta trabalhar bastante e ter o mindset certo. Em alguns casos, pode até funcionar, dando esperança para aqueles que não nasceram próximos do 1%. No entanto, cientistas provaram que nascer em uma família abastada garante mais sucesso do que suas próprias capacidade.

Basicamente, não adianta nascer superdotado, capaz de escrever livros aos 3 anos de idade ou montando em robôs antes mesmo de andar. Isso porque, se a pessoa vier de uma família que não fornece o suporte econômico necessário, isso irá impactar na capacidade de atingir o sucesso no futuro.

De acordo com a pesquisa, as “dotações genéticas” – ou genes que conferem altas capacidades de aprendizado e inteligência – estão presentes em mesmo grau tanto em crianças vindas de famílias de baixa renda quanto em crianças de famílias abastadas. No entanto, o sucesso não está tão distribuído.

A meritocracia é válida?

Reprodução

Para comprovar que a meritocracia é um mito – ou a ideia de que o sucesso vem para aquele que merece -, Kevin Thom, economista da New York University, usou a base de dados genéticos de uma pesquisa que analisou mais de 1 milhão se pessoas. Assim, ele relacionou a pesquisa a diferentes potenciais de aprendizado, comprovando que há pessoas com genes que conferem alta capacidade de aprendizado, e que esses genes estão igualmente presentes em todas as camadas da sociedade.

No entanto, o que Thom e sua equipe conseguiu identificar foi que o sucesso futuro das pessoas com esses supergenes depende da condição financeira das famílias. Apenas 24% delas, se nascidas em famílias pobres, conseguem concluir uma faculdade – independente do quão inteligente sejam. Já dentre as crianças ricas, 63% concluem o ensino superior, contabilizando quase três vezes mais chances de sucesso.

As diferenças numéricas ficam ainda mais gritantes se observar o contrário: as pessoas que não possuem os genes: 27% delas, se nascidas em famílias abastadas, se formam no ensino superior. Isso é maior que o índice de pessoas pobres superinteligentes.

“Se você não tem os recursos da família, até as crianças brilhantes – aquelas naturalmente dotadas – terão que enfrentar batalhas muito difíceis”, disse Thom. “Muito potencial está sendo desperdiçado. E isso não é bom para eles, mas também não é bom para a economia. Todas aquelas pessoas que não frequentaram a faculdade, mas possuem altos níveis genéticos de aprendizagem, poderiam ter curado o câncer?”, questiona o economista Johns Hopkins, colaborador do estudo.

O sucesso vem do berço

Claro que existem aquelas pessoas que conseguiram estudar e trabalhar bastante até chegar a um patamar inimaginável, o que serve de inspiração para outros milhões. Porém, o ponto principal do estudo foi revelar que essas pessoas enfrentam uma jornada incrivelmente mais difícil que uma pessoa que já nasceu na família certa.

Mesmo assim, no Brasil e em outros países do mundo, muitos defendem a tese da meritocracia. Mas será que as pessoas ricas do Brasil chegaram no topo pelo suor da testa mesmo? De acordo com o ranking anual da Forbes, dos 62 brasileiros com mais de US$ 1 bilhão, 34 deles herdaram negócios de suas famílias.

No topo da lista da revista estão os quatro filhos do banqueiro Joseph Safra, cujo patrimônio é de R$ 35,8 bilhões. Além disso, figuram os quatro irmãos Moreira Salles: Pedro, Fernando, João e Walter. Eles são de uma das famílias mais antigas de banqueiros do Brasil e, juntos, somam patrimônio líquido de R$ 33,8 bilhões.

Portanto, para entender que o trabalho duro não é a chave, basta compreender que, nesse mundo, algumas pessoas estão jogando no nível “easy”, enquanto outros no “medium” e o restante no “hard” ou “superultramegahard”.

Fonte: Superinteressante

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