Ciência e Tecnologia

Terra está sendo bombardeada de energia de outras galáxias

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Rajadas de rádio rápidas (ou FRBs, na sigla em inglês) são pulsos ultra-curtos e poderosos de energia que não são visíveis a olho nu. Elas podem viajar a bilhões de anos-luz através do tempo e do espaço. Seu brilho pode ser equivalente a intensidade de 100 sóis e podem desaparecer em questão de milissegundos, após ser captada por nossos equipamentos terráqueos.

Alguns questionamentos estão sendo levantados a respeito dessas energias. Poderiam elas serem flashes distantes de supernovas supermassivas? Ou o impulso de espaçonaves alienígenas que estão navegando pelo cosmo. Ninguém sabe ao certo, a não ser o fato de que a Terra está sendo bombardeada por elas.

Como acontece?

Desde sua descoberta, em 2007, nossos cientistas haviam captado cerca de 30 FRBs. Porém, de acordo com um estudo publicado na revista Nature, as coisas parecem ter acelerado de um forma surpreendente devido a evidências colhidas por um telescópio de alta tecnologia na Austrália.

“Nós encontramos 20 FRBs em um ano, quase dobrando o número detectado em todo o mundo desde que foram descobertas em 2007. Nós também provamos que as rajadas de rádio estão vindo do outro lado do universo e não da nossa vizinhança galáctica”, disse Ryan Shannon, astrônomo da Universidade de Tecnologia de Swinburne e principal autor do estudo.

Os cientistas usaram um novo equipamento chamado ASKAP (sigla para Australian Square Kilometre Array Pathfinder, em inglês), composto por cerca de 36 antenas ligadas a um radiotelescópio, monitorando uma área mais ampla do espaço como nunca antes foi feito.  Posicionando as antenas em diferentes direções do espaço, são monitorados cerca de 240 graus quadrados de espaço.

Depois do registro dessas FRBs, os cientistas conseguiram estimar a distância que elas percorreram pelo cosmo. Quando elas passam por nuvens de poeira e gás intergalácticos em sua viagem, elas tomam formas mais alongadas na onda de luz. “A explosão atinge a Terra com sua extensão de comprimentos de onda chegando ao telescópio em momentos ligeiramente diferentes, como nadadores em uma linha de chegada. O tempo de chegada dos diferentes comprimentos de onda nos diz quanto material a explosão atravessou em sua jornada”, afirmou  Jean-Pierre Macquart, professor do ICRAR e coautor do estudo.

A matéria entre galáxias

Quanto maior a extensão da onda, maior a probabilidade que ela tenha percorrido um trecho gigante antes de conseguir chegar à Terra. E isso, segundo os autores do estudo, poderia ajudar nossos astrônomos a compreenderem os tipos de matéria existente entre galaxias. A comunidade cientifica possui uma crença de que um terço da matéria comum, feita de prótons e nêutrons também chamadas de “matéria bariônica”, do universo também exista em estrelas distantes.

E por isso, o estudo das FRBs pode ajudar os pesquisadores, ao compreenderem o que as deforma e desacelera em certos pontos do universo, onde exatamente estão nuvens de bariones”. As FRBs são como faróis cósmicos. Elas podem apontar onde estão tais matérias, mostrando sua localidade no universo e o que está faltando”, disse Macquart.

As FRBs ainda serão exploradas em todo seu potencial e ainda teremos que mergulhar ainda mais fundo para compreendê-las. Dessa forma, é cauteloso que aguardemos resultados mais precisos de suas ações e, caso descubramos que elas de fato são causadas por naves alienígenas, ao menos elas estão se afastando da Terra.

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