O nosso universo é extremamente grande e esconde diversas coisas que ainda não foram observadas por estudiosos. Planetas, estrelas, cometas e buracos negros são algumas das coisas que mais chamam a atenção. Um buraco negro, para quem não sabe, é uma região do espaço-tempo. Nesse lugar, o campo gravitacional é bastante intenso e nenhuma partícula ou radiação eletromagnética pode escapar.
Quando um buraco negro está ativo, os pesquisadores tendem a se concentrar no que ele tem no material que está sugando. No entanto, a interação entre o buraco negro e o material deve causar um efeito no buraco negro também.
Essas respostas de feedback, principalmente aquelas que anteriormente eram ignoradas e taxadas como triviais, são conhecidas como reações reversas. E os cientistas observaram um análogo de uma, que é específica para os buracos negros. Essa reação pode ser vista na água rodeando um ralo.
Isso pode ajudar os pesquisadores a estudarem fenômenos de buracos negros, que são sutis demais para os instrumentos atuais. Como por exemplo, a chamada radiação Hawking, que se acredita ser emitida pelos buracos negros. Esse é um tipo teórico de radiação que eventualmente vê um buraco negro evaporar por completo.
Buraco negro
Para conseguir estudar os objetos cósmicos mais detalhadamente os pesquisadores fazem versões em uma escala reduzida ou então criam análogos em laboratórios.
Os análogos de buracos negros são uma ótima maneira de se descobrir mais a respeito desses objetos. E diferentes tipos podem ajudar a revelar seus segredos das mais variadas formas.
O acúmulo de um buraco negro pode ser comparado com a água escorrendo pelo ralo. E tratando a matéria como uma ondulação em um campo magnético, a água representa o próprio espaço-tempo, ou então um campo ondulado com atividade quântica.
E fazer a medida das respostas das ondulações a medida que a água desaparece pelo ralo giratório pode ter alguma coisa a dizer a respeito das ondas de energia que desaparecem em um buraco negro.
Através desses análogos, os pesquisadores conseguem aprender muito sobre o efeito dos buracos negros no espaço e também no material ao seu redor. E foi a primeira vez, que um vórtice de banheira de drenagem demonstrou um efeito no próprio buraco negro.
Água
“Demonstramos que os buracos negros analógicos, como suas contrapartes gravitacionais, são sistemas intrinsecamente de reação reversa. Mostramos que as ondas que se movem em uma banheira de drenagem empurram a água pelo orifício do tampão, modificando significativamente a velocidade de drenagem e, consequentemente, alterando a atração gravitacional efetiva do buraco negro analógico”, disse o físico Sam Patrick, da Universidade de Nottingham, no Reino Unido.
No momento em que as ondas foram enviadas para o sistema em direção ao dreno elas empurraram água extra e aceleraram o processo de acúmulo. Elas fizeram isso de uma maneira tão significativa que os níveis de água na banheira caíram visivelmente mesmo enquanto uma bomba mantinha o mesmo nível de água entrando.
De acordo com os pesquisadores, essa mudança no nível da água corresponde a mudança nas propriedades do buraco negro.
“O que foi realmente impressionante para nós é que a reação reversa é grande o suficiente para fazer com que a altura da água em todo o sistema caia tanto que você pode ver a olho nu! Isso foi realmente inesperado. Nosso estudo abre caminho para sondar experimentalmente as interações entre as ondas e os espaços-tempos pelos quais elas se movem. Por exemplo, esse tipo de interação será crucial para investigar a evaporação do buraco negro em laboratório”, concluiu Patrick,
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