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Universidade de Oxford inicia campanha de imunização em crianças de 6 a 17 anos

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Em um novo passo para combater a pandemia ocasionada pelo novo coronavírus, a Universidade de Oxford lançou um novo estudo, para avaliar a segurança de sua vacina, produzida em parceria com a AstraZeneca, em crianças pela primeira vez.

De acordo com um recente comunicado emitido pela instituição, o estudo avaliará a resposta imunológica em crianças entre 6 e 17 anos – um público duramente atingido pelo fechamento de escolas devido à alta transmissibilidade. Cerca de 300 voluntários se inscreveram para participar do programa. As primeiras doses da vacina serão aplicadas ainda este mês.

O novo estudo de Oxford

No novo estudo, classificado como duplo-cego e randomizado, 240 participantes receberão a vacina de Oxford. Os outros 60 inscritos serão imunizados com a vacina contra a meningite, que, além de essencial para o grupo, produz uma reação semelhante à vacina de Oxford.

“Embora o novo coronavírus não assole fortemente as crianças, as quais dificilmente adoecem caso sejam infectados, é importante estabelecer a segurança, bem como tentar entender a resposta imunológica da vacina neste grupo”, disse Andrew Pollard, o investigador principal do ensaio. “Esses novos testes irão estender nossa compreensão do controle do SARS-CoV2 em pessoas jovens”.

Uma série de vacinas, incluindo as fórmulas Oxford/AstraZeneca e Pfizer e Moderna que estão sendo amplamente utilizadas em todo o mundo, mostraram forte eficácia na prevenção de infecções sintomáticas.

Novos dados de Oxford no início deste mês também ofereceram a primeira evidência de que sua vacina pode não apenas evitar que as pessoas sejam contaminadas pelo novo coronavírus, como pode ajudar a reduzir substancialmente a disseminação da doença em meio a comunidade.

O Reino Unido aprovou o uso emergencial da vacina Oxford/AstraZeneca no final de dezembro. A aprovação do imunizante foi amplamente comemorada, pois, de todos que estão disponíveis atualmente, a vacina da instituição é a mais barata de se produzir e mais fácil de transportar e armazenar.

Crianças

Com as crianças sendo vacinadas, os pesquisadores esperam aliviar alguns dos impactos negativos que a pandemia segue provocando.

“A pandemia ocasionada pelo novo coronavírus provocou um impacto profundo na educação, no desenvolvimento social e no bem-estar emocional de crianças e adolescentes”, disse Rinn Song, do Oxford Vaccine Group.

“Portanto, é extremamente importante coletar dados sobre o cenário. É de extremo valor também analisar a resposta imunológica que a vacina pode proporcionar nessas faixas etárias, somente assim os jovens poderão se beneficiar da inclusão em programas de vacinação em um futuro próximo”.

Testes clínicos como o da Universidade de Oxford também estão em andamento nos Estados Unidos, com os desenvolvedores de vacinas Pfizer e Moderna, para testar a segurança e eficácia das doses em pessoas da mesma faixa etária. De acordo com o médico americano Anthony Fauci, os jovens estadunidenses devem começar a ser vacinados “até o final da primavera e início do verão”.

Vacina

Como todos sabem, a vacina do Oxford, chamada AZD1222, foi desenvolvida por uma equipe de especialistas da Universidade de Oxford e da empresa farmacêutica britânico-sueca AstraZeneca. O grupo de pesquisadores inclui cientistas do Instituto Jenner e do Oxford Vaccine Group.

De acordo com a Fiocruz, “a vacina foi desenvolvida com a tecnologia de vetor não replicante de adenovírus de chimpanzés, inofensivo para seres humanos”. Em suma, “trata-se de uma versão mais fraca do vírus de gripe comum em chimpanzés e contém igualmente proteínas contidas no material genético do vírus Sars-Cov-2”.

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